Um profissional que, repetidamente, não apresenta os resultados esperados ou mostra-se pouco satisfeito com a função que desempenha pode ser visto como relapso ou apenas mal colocado, dependendo da visão do gestor e da empresa.
Muitos líderes e profissionais de RH já perceberam que o rendimento não deve ser o único item para atestar a capacidade do colaborador. O conceito de que é preciso ter a pessoa certa no lugar certo pode parecer simples, mas é muito válido tanto para a empresa quanto para o profissional. Uma mudança nas funções exercidas pode ser uma injeção de ânimo para o funcionário, além de poupar gastos com um novo processo de recrutamento e seleção para o cargo.
Mello ainda explica que é importante que o Assessment esteja vinculado a um processo de gestão de competências, que tem os seguintes objetivos:
COMO FAZER?
O processo funciona da seguinte maneira: a organização deve estabelecer uma série de competências que julga importantes para cada departamento e função. Melo afirma que esta é uma das partes mais difíceis do processo, pois está vinculada aos recursos e limitações da empresa. "Deve possibilitar a implementação da estratégia de competição da organização, deve permitir que a empresa gere vantagens competitivas sobre os concorrentes e deve gerar valor para o cliente", explica.
O próximo passo é comparar a relação de atribuições com as competências do profissional e, assim, fica possível identificar a alocação inadequada de seus colaboradores. "Juntando todo o processo à luz das competências da organização às competências da função, vamos conseguir determinar se um profissional pode: ocupar uma determinada posição, no caso de um processo seletivo; permanecer na mesma função, caso já faça parte do quadro de funcionários; suceder outros profissionais para que haja uma continuidade nas companhias", comenta Márcia.
COMO IDENTIFICAR?
O primeiro sinal da incompatibilidade são os resultados - este costuma ser o alerta. Márcia explica como aparecem os primeiros indícios: "A pessoa provavelmente não vai atingir as metas desejadas, pode ter mais dificuldades de se desenvolver na rotina do trabalho. Provavelmente, aí o gestor terá a idéia de que algo está errado."
Outra boa dica para avaliar o reposicionamento de um profissional é comparar desempenho e potencial. "Se o profissional aparenta ter alto potencial de crescimento, mas seu desempenho não deslancha, pode ser um indicativo de que esteja mal alocado", observa Mello.
Caso o próprio profissional perceba que não se encaixa perfeitamente em determinada função, ele pode solicitar sua transferência. Mas é preciso tomar alguns cuidados:
Além disso, é importante buscar junto ao gestor ou ao RH as possibilidades de mudanças e mostrar-se aberto para fazer os investimentos necessários para que esta mudança aconteça. Márcia aconselha: "O profissional não pode ficar parado. Se ele quer se desenvolver, sente que pode fazer mais pela companhia e a empresa não pode verificar isso, cabe ao profissional tomar esta atitude, porque não se pode ficar defasado."
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Postado por Laíza Bulhões, estudante da Unifacs do curso de Comunicação e Marketing - 4º semestre