sábado, 8 de setembro de 2007

Governo diminui verbas para publicidade

Levantamento mostra que investimento de janeiro a agosto de 2007 caiu 41,7% em relação ao mesmo período do ano passado

Alexandra Bicca


O governo está destinando menos recursos para a publicidade. Um levantamento exclusivo, feito pelo site especializado Contas Abertas a pedido de Meio & Mensagem, revela que o total efetivamente pago dos investimentos do governo federal em publicidade no período de janeiro a agosto desse ano caiu 41,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Os números mostram que em 2006 - ano de eleições - no período anterior à realização do pleito, o governo federal somava R$ 237,9 milhões em investimentos publicitários e neste ano o montante caiu para R$ 138,7 milhões.

Os cálculos foram feitos com base no Sistema Integrado de Acompanhamento Financeiro (Siafi) e compreendem somente os créditos empenhados e liquidados do governo federal, incluindo os três poderes e excluindo as estatais. Além disso, não há descrição de investimentos por campanhas ou que mídias foram usadas. De acordo com os dados, os valores correspondem ao que foi investido em quatro classificações diferentes que a União dá aos seus investimentos: publicidade legal, mercadológica, institucional e de utilidade pública. Nestes resultados não estão relacionados os investimentos feitos pelas estatais.

Os dados exclusivos de Meio&Mensagem mostram também que os valores acumulados nos primeiros oito meses deste ano representam menos da metade do total dos investimentos publicitários do governo em 2006, quando atingiram R$ 340,1 milhões. Deste total, R$ 94,4 milhões foram destinados para área institucional, R$ 157 milhões para utilidade pública, R$ 64,5 milhões para publicidade mercadológica e R$ 24,2 milhões para publicidade legal.

Pela base de dados do Siafi levantada pelo Contas Abertas, a queda nos investimentos de janeiro a agosto deste ano na comparação com igual período do ano passado se dá principalmente na publicidade institucional, que caiu quase 70% nos primeiros oito meses deste ano em relação ao igual período do ano passado. No mesmo período de 2006 foram destinados R$ 88,5 milhões para este fim. Já neste ano os investimentos em publicidade institucional caíram para R$ 27,0 milhões.

Na análise do que já foi liquidado especificamente por cada órgão da administração federal, verifica-se que os valores empenhados pela Presidência da República até o momento somam R$ 24,6 milhões. Essa cifra fica atrás apenas da executada pelo Ministério da Saúde - R$ 53,8 milhões - que é também o ministério com maior orçamento publicitário. Em terceiro lugar aparece a pasta comandada por Marta Suplicy, o Turismo, que já pagou R$ 20,4 milhões do total de sua verba publicitária.

Por outro lado, alguns ministério e órgãos importantes estão destinando neste ano poucos recursos para a publicidade. Este é o caso dos ministérios da Cultura (R$ 33 mil), Trabalho (R$ 376,3 mil), Comunicações (R$ 30,2 mil), Previdência Social (R$ 181,4 mil) e a Integração Nacional (R$ 86,9 mil).

O levantamento realizado pelo Contas Abertas não permite a aferição dos dados das estatais - que estão se tornando cada vez mais importantes no mercado, sobretudo na área de patrocínio cultural e esportivo. Dados parciais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) referentes a 2006, entretanto, indicam que a administração geral, investiu pouco mais de R$ 1 bilhão para a publicidade, isso somando as estatais e excluindo publicidade legal, produção e patrocínio.

Essa informação indica que empresas como Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Correios, Infraero e Eletrobrás, entre outras, destinaram cerca de R$ 660 milhões ao mercado publicitário no ano passado, se os números da Secom se confirmarem. A secretaria ainda indica que em 2006 o meio televisão consumiu R$ 628, 1 milhões do total destinado pelo governo e suas empresas ao setor.

O governo federal e a publicidade
Valores efetivamente já pagos ao mercado (R$ milhão)

Tipo de publicidade
jan-ago/2006
jan-ago/2007
Variação
Publicidade legal
14,1
14,7
4,2%
Publicidade mercadológica
21,0
13,6
- 35,2%
Publicidade institucional
88,5
27,0
- 69,9%
Publicidade de utilidade pública
114,2
83,5
- 26,9%
Total
237,9
138,7
- 41,7%

Obs: Não inclui estatais

Fonte: Contas Abertas/Siafi especial para o Meio&Mensagem

Apenas os valores destinados à publicidade legal apresentaram leve variação positiva de 4,2%. Em agosto, o governo federal limitou seus investimentos em publicidade a R$ 278,3 milhões em 2007. Houve um corte de 10% em relação ao ano passado.

www.meioemensagem.com.br

Postado por Laíza Bulhões, estudante da Unifacs do curso de Comunicação e Marketing - 2° semestre.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

ZOTTOLO DIZ QUE RETIRA PHILIPS DO "CANSEI" SE HOUVER PARTIDARIZAÇÃO

Valor Econômico
REF: Comunicação Corporativa - Polêmica - Responsabilidade Social

por Maria Cristina Fernandes e Claudia Facchini


Zottolo é promovido pela matriz às vésperas do ato do Cansei:
"Seria um absurdo temer represália do governo"

"Experimenta colocar 'Paulo Zottolo' mais 'cansei' no Google. Nunca fui tão xingado na minha vida. As pessoas ofendem muito facilmente sem a menor base. Saem chutando. Tem sites que dizem que sou homossexual, outros que a Philips está querendo fazer como a ATT na derrubada do Allende, no Chile". Desde que publicou o anúncio de meia página em cinco jornais do país, ao custo de R$ 70 mil para a empresa, o presidente da Philips para a América Latina, Paulo Zottolo, caiu na boca do povo.

Eu não me lembro de um envolvimento político tão explícito de uma corporação quanto este. A Philips tem mais a perder que a ganhar numa ação como esta. Uma empresa multinacional de origem holandesa, adere a um movimento de oposição ao governo federal.
Pode-se considerar até louvável as motivações da Philips, porém o envolvimento como o próprio Zottolo admitiu foi "ingênuo". *Nota do Editor

"Já disseram que estou sendo mandado embora e que o presidente da República exigiu ao embaixador da Holanda minha cabeça". É rápido ao ser indagado se houve pressão. "Promoção", responde, sacando prontamente uma carta do integrante do conselho de administração da matriz, responsável pelas subsidiárias, Gottfried H. Dutiné, datada de 14 de agosto. Nela, a multinacional adiciona ao seu cargo o título de vice-presidente executivo da Royal Philips Electronics. A promoção não muda suas atribuições na empresa.

Antes da carta, a área de comunicação corporativa da multinacional, na Holanda, havia soltado o seguinte comunicado oficial: "A Royal Philips Electronics informa que suas subsidiárias têm autonomia para gerenciar e responder por eventos locais".

De capital fechado no Brasil, a empresa tem ações negociadas em bolsa na Holanda. Zottolo não vê conflito no interesse público da empresa com suas convicções privadas. Ele estará amanhã no ato que o movimento convocou para a praça da Sé, centro da cidade. Mas diz que, se o movimento for partidarizado - e ele acredita que acabará sendo - vai tirar a Philips da jogada, apesar de manter seu apoio pessoal à causa.

A Philips guarda uma extensa pauta de interesses a ser tratada com o governo federal. No dia seguinte ao acidente da TAM, o executivo tinha uma audiência marcada com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Na véspera, acamada por uma gripe forte, Dilma mandou cancelar a agenda do dia seguinte. "Tinha ficado para o dia 14 ou 15 (de agosto), mas não recebi mais notícias". Na audiência, Zottolo pretendia discutir com a ministra três pontos.

O primeiro item da agenda seria a instalação de uma nova fábrica da empresa no país para a produzir lâmpadas fluorescentes num amplo programa nacional de substituição das unidades incandescentes - um projeto que, avalia, poderia trazer uma economia de 30% no consumo de energia no país e evitar o anunciado apagão no setor.

O segundo era a fabricação do conversor para a captação do sinal digital de televisão: "O governo diz que vai custar R$ 150, mas, na verdade, não vai sair por menos de R$ 800 a R$ 1 mil".

O terceiro ponto da audiência com a ministra era a fabricação de um fogareiro que não emite fumaça e foi desenvolvido pela Philips na Índia para ser usado por famílias carentes que ainda cozinham com fogão a lenha. Ele levanta-se e tira da caixa o produto: "Era para mostrar à ministra. Agora ela não quer mais".

O produto seria mais uma demonstração do engajamento social da empresa: "Seria vendido por uns quatro ou cinco dólares. Não queríamos fazer isso para ganhar dinheiro".

Zottolo reconhece que a recusa do governo brasileiro em adotar o padrão europeu de TV digital desgastou a relação com a Philips - "Mas isso é uma página virada". O engajamento da empresa no 'Cansei' iniciou um novo capítulo da relação da Philips com o governo. Ao movimento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu com o não-há-quem-ponha-mais gente-na-rua-do-que-eu.


Compara a adesão ao 'Cansei' a outros movimentos civis nos quais a Philips já se engajou, como o voto consciente e os programas que buscam atrair o setor privado a investir na educação pública. Mas reconhece que o momento em que o 'Cansei' foi lançado - quando Lula era tido como o culpado número 1 do acidente da TAM - facilitou a apropriação política do movimento. "Qualquer ação para ter impacto parte do coração. Você pede alguém em casamento no auge da paixão. Não tinha como lançar um movimento desses no dia seguinte à conquista do pentacampeonato da Copa do Mundo pelo Brasil".

O presidente da Philips está agora preocupado em preservar sua liberdade de opinião e em despartidarizar o movimento: "Eu cansei, na verdade, dos partidos de oposição. Se tenho oito milhões de razões para estar contra o PT, tenho outras dez milhões contra o PSDB. É um partido que não se entende. A oposição é ridícula, destrutiva. Cada um fala o que quer e o partido age como um bloqueador de projetos no Congresso Nacional. É um absurdo que a reforma tributária não saia porque os governadores não querem. Não podemos nos conformar em ficar crescendo 4,5% ao ano e distribuindo o Bolsa Família. O Brasil quer mais. E precisamos de reformas para isso".

Na carta que enviou ontem a amigos, convocando para o ato da praça da Sé, reconhece que o engajamento da Philips é inédito. "Alguns empresários me dizem: 'Paulo, você é muito corajoso. Admiro sua coragem de se expor desse jeito'. Mas coragem de quê? Se expor a quê? O que queremos é reposicionar o papel das empresas no debate nacional".

O executivo diz que não se arrependerá do seu engajamento mesmo se a audiência com a ministra não for remarcada. E diz não temer represálias. "Seria um absurdo temer represália do governo por iniciativas que a empresa tomou apenas querendo ajudar o país. O que é que o governo pode fazer? Devassa fiscal, me dizem. Mas nem as empresas podem ter medo de devassa nem o governo pode usar isso como instrumento de pressão".

No cargo há quatro meses, depois de uma carreira na Nivea marcada pela ênfase nas estratégias de marketing, Zottolo chegou à Philips com o desafio de alavancar a marca da empresa seguindo as mesmas diretrizes mundiais do grupo. Líder em televisores no Brasil, a Philips vem enfrentando uma concorrência cada vez mais acirrada das coreanas LG e Samsung.

Zottolo não teme que a empresa fique marcada pelo anti-lulismo: "É uma noção do papel das empresas que está sendo colocada pela primeira vez no Brasil. A noção predominante na década de 1970, de explorar o proletariado para dar lucro ao capitalista não vale mais. A nova geração tem responsabilidade social. E a Philips, que está há 83 anos no Brasil, não pode ser acusada de querer mal ao país".

Ainda que não se contabilizem adesões de seus pares ao movimento, Zottolo tem a convicção de que está fazendo escola no país.


Postado por Fernando Araújo
Formando do Curso de Adminstração com Marketing da Faculdade Castro Alves

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Pesquisa aponta vínculo político em rádios comunitárias

Associações defendem que população denuncie favorecimento de políticos e ou religiosos em programações de rádios comunitárias


A audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara na tarde desta terça-feira, 4, em Brasília, promoveu discussões acalouradas sobre pesquisa "Rádios Comunitárias: Coronelismo Eletrônico de Novo Tipo". De acordo com a pesquisa há um alto índice de vínculo político nas rádios comunitárias em operação. Os representantes de associações de rádios comunitárias afirmaram que "há sim coronelismo" eletrônico no Brasil, mas não no segmento comunitários que encontra dificuldades para operação. Já a representante do Ministério das Telecomunicações, afirmou que preocupação do ministério é manter transparentes as informações dos processos de outorga para evitar que uma outra entidade seja beneficiada.

Segundo a pesquisa realizada pelo professor Venício de Lima da Universidade de Brasília e pelo consultor da Câmara Cristiano Aguiar, mais de 50% das 2.205 rádios comunitárias pesquisadas apresentavam vínculo político - 1.106. Em 1.095 rádios do universo de 2.205 o vínculo direto era com políticos municipais.

Para a representante do Ministério das Comunicações, Alexandra Costa, a pesquisa é confusa. Ela discorda do dado que aponta que em mais de 50% das rádios pesquisadas havia vínculo político. Alexandra Costa explicou que alguns critérios mudaram desde a época que a pesquisa foi realizada.

O coordenador jurídico da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária Abraço, Joaquim Carvalho, informou que a população está sendo orientada a denunciar as rádios comunitárias que não estão atendendo à comunidade. De acordo com ele, sempre que for identificado o favorecimento de religiosos e ou políticos, a comunidade deve ajudar o trabalho das associações para evitar que a finalidade destas emissoras seja distorcida.

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Postado por Laíza Bulhões, estudante da Unifacs do curso de Comunicação e Marketing - 2° semestre.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Wunderman chega à Espanha

Agência brasileira criará ações digitais e campanhas de mídia online para Johnnie Walker

A Wunderman Brasil, agência de marketing de relacionamento e internet, venceu concorrência realizada pela Diageo, uma das maiores fabricantes de bebidas do mundo, e será responsável por criar todas as ações digitais e campanhas de mídia online para a marca Johnnie Walker na Espanha. A empresa brasileira disputou com mais cinco agências espanholas. O concorrido mercado de mídia digital espanhol movimentou 310 milhões de euros em 2006.


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Postado por Laíza Bulhões, estudante da Unifacs do curso de Comunicação e Marketing - 2º semestre.

Marketing é Tudo!!!!


Postado por Laíza Bulhões, estudante da Unifacs do curso de Comunicação e Marketing - 2º semestre.

domingo, 2 de setembro de 2007

Secom prepara quatro licitações

Editais estão sendo analisados pela Casa Civil e deve ser publicados em dois meses

Regina Augusto

A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) aguarda autorização da Casa Civil, onde os documentos estão sendo analisados, para lançar quatro editais de licitações para escolha de agências de publicidade, relações públicas, marketing interativo e empresas de pesquisa. Será a primeira vez que a Secom promoverá concorrências independentes para todos estes serviços, atendendo uma das determinações dos recentes julgamentos do Tribunal de Contas da União.

Entre os primeiros trabalhos a serem realizados pelas novas contratadas estará uma campanha de divulgação da marca Brasil no exterior, o que torna essencial a manutenção de parcerias internacionais, especialmente pelas agências de RP. A expectativa da Secom é a de lançar os editar em até dois meses, mas seus dirigentes gostariam que isso fosse feito já tendo resolvida a atual pendência no TCU, que avalia a legalidade do decreto que reconhece o Cenp como parâmetro para o relacionamento do governo com as agências.

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Postado por Laíza Bulhões, estudante da Unifacs do curso de Comunicação e Marketing - 2º semestre.

Havaianas "invade" nordeste brasileiro


AlmapBBDO cria campanha composta por cartazes, backlights, e ponto de ônibus


A partir de setembro e até dezembro, a AlmapBBDO vai invadir o nordeste do País com peças de mobiliário urbano multicoloridas para divulgar o modelo Havaianas High. A região é responsável por mais de 25% do volume de vendas das sandálias no Brasil. A campanha é composta por cartazes, backlights e pontos de ônibus que mostram páginas de livros em três dimensões virando cenário para as sandálias mais altas da marca. Nestes cenários, as Havaianas High vão aparecer nas ruas de capitais nordestinas envoltas por flores, borboletas e o Sol, que é a marca da região. As peças serão instaladas em Natal, João Pessoa e Fortaleza. Já Recife recebe a campanha a partir de outubro A direção de criação é de Marcello Serpa. A criação é de Gustavo Victorino.

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Postado por Laíza Bulhões, estudante da Unifacs do curso de Comunicação e Marketing - 2° semestre.