quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Fiesp discute papel da comunicação nos processos de desburocratização e desenvolvimento

Paulo Nassar, diretor-geral da ABERJE e Prof. Dr. da Escola de Comunicação e Artes (ECA) da USP, fala da necessidade de se buscar novas abordagens diante de questões complexas

A sociedade vive um novo momento, caracterizado pela velocidade na troca de informações e por uma postura mais exigente em relação a temas como meio ambiente, responsabilidade social e ética. A análise é de Paulo Nassar, da ECA-USP, que participou nesta segunda-feira (18) de uma reunião do Conselho Superior de Estudos Avançados (Consea), da Fiesp.
Nassar, que integra o Consea e preside a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), avalia que no atual contexto muitas palavras passam a ser usadas de maneira quase aleatória.
Em sua palestra citou como exemplo o termo "sustentabilidade", cuja expressão se transformou em ferramenta de marketing, sem que as pessoas atentem muito bem para o seu significado real.
Em sua argumentação, defende que o emprego consciente e responsável das ferramentas de comunicação é essencial. Segundo ele, uma informação errada pode se propagar com extrema rapidez e provocar danos irreparáveis.
Área estratégica
O especialista citou o jornalista e antropólogo Rodolfo Witzig Guttilla, que define a comunicação como uma "atividade mestiça", resultado da somatória de muitas influências e conhecimentos. Assim, o comunicador organizacional extrapola aquelas que seriam as funções isoladas do jornalista, do relações-públicas e do publicitário, por exemplo."Sabemos que a empresa não é mais produtora exclusiva de suas narrativas, geradora de seus conteúdos pré-fabricados. Há outros e novos protagonistas na história", disse Nassar, acrescentando que hoje há uma rede de relacionamentos estabelecida entre a empresa e quem se relaciona direta ou indiretamente com ela.
Papel-chave
"O comunicador é o mantenedor desta rede, por ele gerenciada a partir de um ponto de vista estratégico, político e econômico baseado no diálogo, que é o ritual de legitimação da construção de valor que a empresa, cada vez mais, necessita para sobreviver à agressividade do mercado", teorizou Nassar.
Ruy Altenfelder, presidente do Consea/Fiesp, ressaltou que "a comunicação é área estratégica nas empresas, nos governos, nas instituições e nas vidas de todos nós".

Sílvia Lakatos, Agência Indusnet Fiesp

www.aberje.com.br

Postado por Laíza Bulhões, estudante da Unifacs do curso de Comunicação e Marketing - 4º semestre

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