Eliane Pereira
Modelo de cobrança por acesso a materiais exclusivos é contestado, ao mesmo tempo em que cresce a demanda dos internautas por interatividade e participação na criação de conteúdos na web
O avanço inexorável da internet entre os brasileiros é reconhecido com um dos principais fenômenos de mídia da última década, mas esse crescimento não tem se refletido na participação do meio no bolo publicitário nacional - a web atrai apenas 3% do total da verba investida em mídia no Brasil, de acordo com o Projeto Inter-Meios. Esse descompasso entre audiência e faturamento publicitário é uma das principais questões a serem vencidas pelos profissionais do meio, na opinião de Fernando Madeira, diretor geral do Terra Brasil.
"Os números da internet têm crescido rapidamente. São 37 milhões de usuários de uma mídia que, dez anos atrás, nem existia. Já se trata de uma mídia de massa, o que falta é crescer em termos de negóocios", analisa Madeira, ao lembrar que até entre os mais pobres a web se faz presente (15% das classes D e E conseguem acessar a rede). Ele participou esta tarde do painel Novos Tempos e Novos Desafios - A Eficácia da Mídia em Mutação.
Para Pedro Parente, da RBS, o caminho para ampliar a geração de receitas na internet não está na cobrança por conteúdo, e sim na ampliação da audiência de forma a atrair anunciantes, como acontece com a mídia tradicional. "O negócio é ter marcas de credibilidade para que, ao apresentar o conteúdo, seja em qual plataforma for, ele tenha credibilidade", afirma Parente.
Conta a favor da internet a crescente demanda , por parte do público, de dispositivos que permitam a interatividade e a geração de conteúdo próprio. Essas duas facetas são um desafio para os profissionais de publicidade, tanto em termos de criação quanto de programação de mídia. Por outro lado, isso abre inúmeras possibilidades. "Um dos grandes anseios do consumidor é poder escolher o que quer ver sem depender de uma grade de programação. Ele quer interagir, mandar perguntas, o que faz deste um grande momento para a produção multimídia no Brasil", diz Madeira.
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Postado por Laíza Bulhões, estudante da Unifacs do curso de Comunicação e Marketing - 2º semestre.
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