sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Nokia procura agência digital

Gigante dos celulares redefine estratégia global das comunicações online ao mesmo tempo em que seu market share alcança, pela primeira vez, a marca de 40%

Cibele Santos

24/01 - 13:49

A finlandesa Nokia abriu revisão para sua verba de marketing digital, de valor não revelado, que será concentrada em uma única rede com presença multinacional. Segundo notícia do BrandRepublic desta quinta-feira, 24, a rede vencedora (representada por uma ou mais agências) assumirá as comunicações online da maior fabricante de celulares do mundo, o que inclui desde estratégia digital até propaganda online e web design. Hoje, as verbas são divididas em bases locais entre diferentes agências, como a Farfar na Suécia, a R/GA nos EUA e a Agency Republic no Reino Unido.

A revisão, que sinaliza um foco maior em ações online, é mais um passo do reposicionamento estratégico iniciado em julho de 2007 com a indicação da independente Wieden & Kennedy (EUA) para a criação global, enquanto a JWT foi encarregada da implementação das campanhas em mais de 80 países (o arranjo também vale para o Brasil). As medidas foram reforçadas em dezembro passado com a promoção de Chris Leong, responsável pelo marketing na China, para a coordenação global.

Resultados financeiros

Também nesta quinta-feira, a Nokia divulgou seu balanço de 2007, reportando ganho de 46% dos lucros (total de 7,9 bilhões de euros, ou US$ 11,6 bilhões) e de 15,6% das margens operacionais (contra 13,3% em 2006).

O market share global do último trimestre do ano atingiu pela primeira vez a marca de 40%, contra 39% no trimestre anterior e 36% no mesmo período de 2006. Com exceção da América do Norte e América Latina, todas as regiões registraram ganhos de share.

A divisão de celulares, que entregou 133,5 milhões de aparelhos entre outubro e dezembro (27% acima do ano anterior), gerou receita total de 7,4 bilhões de euros no trimestre (avanço de 5% sobre igual período anterior), com os maiores crescimentos registrados no Oriente Médio, África e Ásia-Pacífico. Mas as receitas da América do Norte, América Latina e, em menor escala, da Europa, "caíram significativamente". O lucro operacional cresceu 48% (para 1,9 bilhão de euros), estimulado por melhores margens brutas. O preço médio dos celulares, de 82 euros no 3º trimestre, avançou para 83 euros mas continuou inferior aos 89 euros do ano anterior, refletindo em parte a desvalorização do dólar.

Concorrentes

Segundo o britânico Financial Times, os resultados da Nokia reforçam sua liderança sobre as rivais Samsung, da Coréia do Sul (que em 2007 substituiu a Motorola no segundo lugar do ranking global) e a SonyEricsson (joint venture entre a sueca Ericsson e a japonesa Sony), na quarta posição. Já a Motorola, líder dos EUA e nº 3 do mercado, perdeu 84% dos lucros no quarto trimestre e prevê novo prejuízo no primeiro trimestre de 2008.

De acordo com estimativas da Nokia, o mercado global de celulares cresceu 16% no 4º trimestre, para 336 milhões de celulares, somando 1,14 bilhão de unidades nos 12 meses. Esse número será 10% maior em 2008, prevê a empresa, mas os preços de venda continuarão pressionados pela crescente importância dos mercados emergentes e a agressiva competição entre as líderes mundiais do setor.

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Postado por Laíza Bulhões, estudante da Unifacs do curso de Comunicação e Marketing - 3º semestre

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