sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Pesquisa vai avaliar discriminação racial e violência contra a mulher no Carnaval

Um “bloco” muito especial sairá às ruas durante o Carnaval de Salvador. O objetivo dos seus integrantes não é diversão na folia, mas avaliar fenômenos como discriminação racial e violência contra a mulher. Estamos falando dos cerca de 40 pesquisadores que participarão da aplicação de uma pesquisa encomendada à UNIFACS pela Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal de Reparação (SEMUR).

O grupo – formado por profissionais da própria UNIFACS, de outras universidades e dos governos estadual e municipal – ouvirá entre 1,8 mil a 2 mil pessoas, realizando entrevistas e aplicando questionários quantitativos e qualitativos. Parte da pesquisa será realizada com pessoas que trabalham durante a festa, como ambulantes, cordeiros e catadores de lata. Além disso, também serão ouvidos turistas de diferentes classes econômicas que vierem para a festa baiana.

A iniciativa integra as atividades do Observatório de Descriminação Racial e Sexista, coordenado pela Secretaria Municipal de Reparação, em parceria com a Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade Racial e das Mulheres e outras instituições do poder público e organizações não-governamentais.

De acordo com o professor Carlos Costa Gomes, que coordena o Observatório Interdisciplinar de Segurança Pública do Território – o Carnaval oferece condições privilegiadas para a observação das questões tratadas pela pesquisa. “A festa evidencia problemas, ao colocar num espaço pessoas de classes sociais, gêneros, etnias e orientações sexuais diferentes”, explica. Ainda segundo ele, um dado interessante da metodologia adotada é que ela permite que o pesquisador intervenha caso se depare com situações concretas de violência ou discriminação.

Os dados coletados pela pesquisa – orientada pelo professor Alcides Caldas, coordenador do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional e Urbano - serão utilizados pelos poderes públicos para avaliar a eficácia das suas políticas de reparação. Os resultados devem ser publicados ainda no primeiro semestre deste ano.

Segundo a superintendente da Fundação, Mercedes Rosa, o professor Manoel Barros foi indicado para compor o conselho pela sua contribuição para a educação e cultura da Bahia.

O Museu Carlos Costa Pinto foi inaugurado em novembro de 1969. Seu acervo é composto de mais de 3 mil peças, doadas pela viúva do comerciante e exportador de açúcar Carlos Costa Pinto, Margarida de Carvalho Costa Pinto.

O acervo, reunido ao longo de 30 anos, conta com peças de arte decorativa dos séculos XVII a XX como mobiliários, esculturas, gravuras, pinturas, porcelanas e pratarias, além de jóias. Os itens, que decoravam as residências da Bahia colonial e imperial e interiores de igrejas, representam uma viagem na vida social e cultural da Bahia dos últimos 400 anos.

Entre os destaques do acervo do Museu está a coleção de pratarias religiosas, uma das maiores do país, composta por objetos litúrgicos variados, como cálices, castiçais e concha de batismos. O acervo de ourivesaria profana conta com galheteiros, bandejas, tigelas, cestas, cafeteiras, castiçais, candelabros e serviços de chá.

Além de exposições do acervo, o Museu realiza atividades destinadas a um público diverso por meio do Departamento de Educação, e da realização de exposições, palestras, cursos, ciclos de cinema, entre outros eventos.

O Museu Carlos Costa Pinto funciona no Corredor da Vitória, na casa de estilo colonial da família Costa Pinto, construída em 1958 pelos arquitetos Euvaldo Reis e Diógenes Rebouças.

Data desta matéria: Janeiro de 2008
Universidade Salvador - UNIFACS
Contato: jornalismo@unifacs.br

Postado por Laíza Bulhões, estudante da Unifacs do curso de Comunicação e Marketing - 3º semestre

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