sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

ABERJE e IABC divulgam pesquisa internacional sobre crise e comunicação

A ABERJE recebeu em sua sede a presidente da IABC - International Association of Business Communicators, Julie Freeman e a vice-presidente, Lee Anne Snedeker, em um encontro, que contou com representantes de diversos setores, como o farmacêutico, o automotivo, o comércio, o hoteleiro, cimento, papel e celulose, a petroquímica, a energia e a mineração.

O encontro faz parte da parceria firmada entre ABERJE e IABC, marcando o início de uma série de projetos comuns que vão desde a acreditação dos comunicadores brasileiros a pesquisas conjuntas e permissão de acesso a todo conteúdo do site da entidade internacional.


Julie Freeman, presidente da IABC e Prof. Dr. Paulo Nassar,
diretor-geral da ABERJE e professor da ECA-USP

Freeman iniciou a reunião falando que a cooperação com a ABERJE visa dar oportunidade aos comunicadores de se reunirem com mais freqüência e trocarem experiências. Além disso, apresentou dados da pesquisa inédita sobre os efeitos da crise nas organizações: Communication and Communicators in the Financial Crisis, realizada pela IABC em parceria com a Mercer. A pesquisa foi aplicada com 1442 membros da IABC, sendo 59% dos EUA e 26% do Canadá, durante o período de 29 de outubro a 12 de novembro de 2008. O estudo teve como objetivo saber se os comunicadores estão envolvidos na crise e como isso afeta suas funções.

A maioria dos respondentes foram diretores ou gerentes de corporações. Questionados sobre o impacto da crise em suas organizações alguns disseram que não há crise, canadenses e australianos, que não tiveram muito impacto, mas 40% avaliam que é significantes, drástico ou considerável e 36% consideram moderado.


Julie Freeman e Lee Anne Snedeker, presidente e vice-presidente da IABC

Em outro item, 8% têm muito medo de perder seus empregos devido à crise disse que têm muito medo, 34% um pouco e 51% não têm medo algum. Dentre os que responderam "drástico e considerável" estão aqueles que trabalham em áreas financeiras e os norte-americanos.

Sobre se a crise afeta a motivação e confiança dos funcionários, a resposta de 37% foi que não afeta de maneira nenhuma, enquanto 34% disse que afeta moderadamente. A percepção dos funcionários em relação aos gerentes é de 46% credibilidade e 33% de alguma confiança, sendo que os gerentes que não tinham a confiança de seu staff, já não eram considerados confiáveis antes da crise.

Por fim, questionados se suas organizações tinham pedido por um plano de comunicação devido à crise, a maioria respondeu que não (70%).


Julie Freeman e Paulo Nassar assinam parceria

Durante a reunião, foram abordaram temas como os desafios da comunicação moderna, os efeitos gerados pela crise financeira, os blogs corporativos e como as pessoas não são motivadas a ler e escrever neles, pois não sabem como serem informais, além da liderança e como a figura do líder, em seus discursos e comportamentos, pode fazer toda a diferença na motivação dos funcionários e a percepção que eles têm do líder.

Dentre os comentários dos participantes do encontro ABERJE/IABC sobre a crise, percebemos que estamos enfrentando uma crise do medo, do pessimismo, da insegurança, pois muitas empresas possuem a verba necessária para continuar seus trabalhos, mas não podem mostrar que o tem. A crise está sendo usada como desculpa para demitir funcionários que não estão satisfazendo as necessidades de suas companhias e que agora é o momento oportuno para os comunicadores se reinventarem.

Email ABERJE

Postado por Laíza Bulhões, estudante da Unifacs do curso de Comunicação e Marketing - 4º semestre

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Diretor de Marketing pode receber R$ 1 milhão por ano

Por Bruno Mello
bruno@mundodomarketing.com.br

Um Diretor de Marketing pode receber de R$ 168 mil a R$ 600 mil por ano no Brasil. Isso, sem contar os bônus, como participação nos lucros da empresa e salários extras por metas alcançadas. Com companhias pagando até 20 salários como recompensa, ou sete a mais, este valor pode chegar a R$ 1 milhão.

Este é um mundo para poucos profissionais, com mais de 15 anos de carreira e empregados em grandes empresas, mas é real, segundo pesquisa realizada pela Robert Half com 1.500 profissionais de Marketing. O estudo obtido com exclusividade pelo Mundo do Marketing mostra também que um profissional em início de carreira recebe, em média, a metade do salário de quem é mais experiente.

Substituir um profissional sênior por um junior, portanto, é uma questão que tem a ver com custo. “Certamente o sênior custa mais caro, mas ele traz mais experiência e pode ajudar na operação. O problema é que as empresas não têm como pagar tantos profissionais sêniors. Elas acabam promovendo profissionais que às vezes não estão preparados para assumir certos cargos”, aponta Adriana Cambiaghi, especialista em recrutamento da Robert Half.

Menos salário fixo, mais bônus
Para não onerar a folha de pagamento, as empresas optam por fazer menos reajuste nos salários fixos e aumentam o número de bonificações por resultado. De acordo com um estudo feito pela consultoria Hay Group, os bônus podem chegar a 56% do salário base, que incluem até distribuição de opções de ações das companhias. “Cada vez mais os salários variáveis são maiores”, ratifica Adriana.

O pacote de remuneração desses executivos, entretanto, nem sempre é tão vantajoso assim. “Existe um número cada vez maior de profissionais que reclamam que as empresas fazem reestruturação achatando salários”, aponta a especialista da Robert Half. Este foi um dos motivadores da pesquisa, que serve como um balizador para os profissionais e para as empresas da média salarial do mercado.

O levantamento feito Robert Half mostra ainda que as empresas de pequeno e médio porte estão com maior demanda por profissionais de Marketing. Entre as funções que mais se destacaram, agora entre as grandes companhias, neste primeiro guia desenvolvido pela consultoria está a de Trade Marketing. Um Gerente de Trade Marketing recebe um salário fixo equivalente a um Gerente de Marketing, entre R$ 10 e 25 mil por mês, dependendo da experiência e do tamanho da empresa.

Veja o Guia Salarial de Marketing e Vendas completo a seguir e baixe aqui.


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Postado por Laíza Bulhões, estudante da Unifacs do curso de Comunicação e Marketing - 4º semestre

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Presidentes de Claro e Vivo analisam crise

João Cox Neto (Claro) e Roberto de Oliveira Lima (Vivo) analisam crise financeira e o impacto nas teles no segundo dia do congresso e feira de telecomunicações; José Eduardo Falco (Oi) preferiu falar sobre mitos do setor e o impacto da chegada da Oi em São Paulo

Sandra Silva

29/10/2008 - 14:40

Os presidentes de duas das principais teles celulares do País decidiram falar sobre a crise e os impactos da desaceleração mundial da economia no painel de abertura do segundo dia do congresso e feira de telecomunicações Futurecom, realizado no Transamérica Expo Center, em São Paulo, no ano que completa uma década desde a privatização em telefonia celular.

O presidente da Claro, João Cox Neto, fez uma longa explanação econômica, resgatando fatos desde o crash da bolsa nos Estados Unidos, em 1929, até os dias de hoje. Já o presidente da Vivo, Roberto Oliveira de Lima, comparou a crise financeira com o momento de ruptura aguda e passagem da sociedade industrial para a sociedade do conhecimento. "Vou falar sobre o mesmo tema da crise, Falco (Oi), mas não se preocupe. Não é cartel. Foi coincidência", brincou Lima (Vivo).

Animado com a chegada ao mercado de São Paulo, o presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, preferiu falar dos "mitos" e "verdades" do mercado de telefonia celular. Desde o início do mês, a operadora de celular vendeu 1,1 milhão de chips no mercado paulista (considerado pela operadora como "sofisticado"), acumulando filas de até duas horas em postos de desbloqueio na capital.

Impactos
Cox acredita que a crise americana poderá levar à desaceleração do consumo, estagnação da economia e crescimento da inflação. "Com a recessão lá fora, sofrem os países com economia de exportação de commodities. As empresas vão sofrer redução de rentabilidade e repatriamento de capital para cobrir déficits de caixa nas matrizes. Será um cenário de crescimentos mais modestos. No Brasil, acredito que esse impacto do dólar será apenas no curto prazo. Num prazo mais longo o dólar deve cair e não deve afetar investimentos. Acredito que em 2009 as teles celulares vão continuar investindo a média histórica de R$ 19 bilhões que têm investido nos 10 anos da privatização", afirma o presidente da Claro.

O maior impacto no curto prazo, segundo o executivo, recai sobre o preço dos aparelhos, fabricados no Brasil com componentes importados. Para este ano, ele prevê crescimento de 25% (30 milhões de usuários) e de 16% (20 milhões de usuários) para 2009.

Ainda segundo o empresário, o ano de 2009 será um ano de fortes investimentos já que as empresas ganhadoras dos leilões 2G e 3G terão de destinar recursos para infra-estrutura. "A telefonia celular vai puxar o crescimento da economia brasileira. O maior desafio será viabilizar investimentos. O mercado brasileiro de telefonia ainda tem um das menores rentabilidades porque tem pesados investimentos". Para o executivo, neste novo cenário, gestão de custos e solidez financeira serão o ponto mais importante. "O cliente não pode pagar pelo abuso de gestão e repasse dos custos".

Cox chamou a indústria de telecomunicações móveis de volta aos fundamentos, ou seja, atendimento e relacionamento com o cliente.

O representante da operadora de celular líder do mercado, Roberto de Oliveira Lima (Vivo), comparou a atual crise financeira e dos mercados de capitais à ruptura da sociedade industrial para a sociedade do conhecimento - cenário com mais agilidade de informações globalizadas, num nível de integração em que os órgãos regulatórios não estavam prontos para conviver.

Lima comparou ainda a transição de um mundo internacional para global; fixo para móvel; do horário comercial (8 horas de trabalho diário) para a conexão 24 horas por dia (todos os dias da semana). A passagem de um mundo previsível para outro, imprevisível, com a substituição de máquinas por organismos vivos. "Devemos assumir responsabilidade pelos nossos atos trabalhando em união, colaboração e sintonia", afirma.

O executivo enumerou ainda algumas prioridades do setor, sob a perspectiva de crise: priorizar acesso à internet, criar novos serviços e equilibrar grupos financeiros e regulamentação do setor numa nova perspectiva. "Nada como uma boa crise para nos fazer andar mais depressa."

Mitos
Falco, por sua vez, falou sobre os "mitos" e "verdades" do mercado de telefonia celular. O primeiro mito seria: a Anatel (agência reguladora do setor) não tem adotado medidas de competição. O executivo citou dois exemplos que provam justamente o contrário, a criação da portabilidade e o leilão das licenças 2G e 3G.

O segundo mito estaria relacionado ao subsídio, considerado mola propulsora de crescimento do mercado pré-pago. "Quando o subsídio foi criado, os aparelhos custavam US$ 110. Mas depois o dólar caiu e os aparelhos ficaram mais baratos. Abandonamos o subsídio na Oi porque 77% dos subsídios estão direcionados para pós-pago. Subsídio é para rico. Você não acredita que alguém te deu um celular de graça", perguntou à platéia que lotou o auditório São Paulo, no Transamérica Expo Center.

O executivo afirmou ainda que outros mitos seriam o da criação da super tele OiBrt e de que essa empresa poderia prejudicar o mercado. "A companhia nasceu no quarto lugar. Temos amigos espanhóis (Vivo) e mexicanos (Claro) que são maiores do que nós porque começaram antes", provocou Falco.

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Postado por Laíza Bulhões, estudante da Unifacs do curso de Comunicação e Marketing - 4º semestre

WPP e Google unidos pelo marketing online

O grupo de comunicação e o site de buscas se uniram para criar um programa de pesquisas acadêmicas que pretende provar a efetividade do marketing online

29/10/2008 - 12:25

O grupo WPP e o Google se uniram para criar um programa de pesquisas acadêmicas voltadas para mostrar como o marketing na web pode ajudar às marcas. Avaliado em US$ 4,6 milhões, o projeto irá financiar trabalhos que mostrem a efetividade do marketing online em mudar o comportamento do consumidor, com apoio de dados do Kantar Group, do WPP, e de estudos de atitudes diante de ferramentas de busca, do Google.

A proposta do programa é provar a sempre citada estatística de que os consumidores gastam 30% de seu tempo online, ao mesmo tempo em que os anunciantes investem apenas 11% de seus orçamentos nesta mídia (e no Brasil, o número é menor ainda, frequentemente citado como sendo de apenas 5%, ao mesmo tempo em que o país é aquele onde o internauta em média passa mais tempo online no mundo).

Mesmo com a possibilidade de obter dados na própria internet, o WPP crê ser fundamental a existência de análises acadêmicas também. 'As pessoas do online perpetuaram o mito de que tudo é melhor mensurável nesta esfera, mas algumas partes são melhor analisadas no offline', diz o presidente do WPP Digital Mark Read. 'A idéia é aumentar o nosso conhecimento e de nossos clientes, e ajudá-los a mover seus orçamentos para o online mais rapidamente', completa.

Com informações do AdAge.

www.meioemensagem.com.br

Postado por Laíza Bulhões, estudante da Unifacs do curso de Comunicação e Marketing - 4º semestre

Publicidade precisa focar no consumidor para recuperar credibilidade

Por Guilherme Neto*
guilherme@mundodomarketing.com.br

A reticência do consumidor em relação à propaganda vista nos dias de hoje já era sinalizada no final da década de 1980 através do livro “Consumidor versus Propaganda", de Gino Giacomini Filho, que ganha sua quinta edição revista e atualizada esse mês pela Summus Editorial.

No livro, o professor de Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) aborda a influência da propaganda no contexto brasileiro, examinando aquilo que chama de "consumerismo", movimento social que defende os interesses dos consumidores. Em sua opinião, a publicidade está mais desacreditada perante o público por conta de consecutivas peças abusivas, enganosas ou irrelevantes.

Isso explicaria, em parte, o sucesso de leis como "Cidade Limpa", em São Paulo, que proibiu a publicidade em espaços públicos, ou a queda no investimento em publicidade. "No final dos anos 80, a publicidade representava 65% da verba de comunicação de uma empresa. Hoje, está próximo dos 40%", conta. Em entrevista ao Mundo do Marketing, Giacomini explica este fato e recomenda que as agências e anunciantes revertam esse cenário criando campanhas com foco no consumidor.

É verdade que o consumidor não acredita mais na propaganda?
Não, não é verdade. O consumidor está reticente em relação à propaganda. A pesquisa que fizemos proporciona uma nota de 6,5 da propaganda. Foi aprovada, mais é uma nota relativamente baixa. O que teve maior impacto foram os itens estéticos e a qualidade da propaganda, que teve uma nota melhor. O que deixou a desejar foi a parte ética porque o consumidor acha que a propaganda é evasiva e que muitas vezes é abusiva e enganosa.

A pesquisa foi feita especificamente para o livro?
Sim. Foi feita em São Paulo com consumidores e preenche a necessidade de obter indicadores mais objetivos para entender qual a percepção que as pessoas tinham com relação ao trabalho ético e de responsabilidade social da propaganda.

Quais as alternativas que a propaganda deve buscar?
Seria necessário que os agentes publicitários se empenhassem em veicular anúncios que não contivessem conteúdo abusivo ou enganoso. Claro que o dispositivo vem sendo trabalhado pelo CONAR e é anunciado no Código de Defesa do Consumidor, mas isso ainda acontece. Isso faz com que o consumidor tenha uma resistência em relação à propaganda.

O que configuraria uma propaganda enganosa ou abusiva?
Enganosa é aquela que mente, induzindo o consumidor ao erro. Por exemplo, quando uma marca diz que determinado leite tem uma certa vitamina.

Isso ainda acontece nos dias de hoje, com a atuação de órgãos reguladores e com a existência de um consumidor mais informado?
Sim. O que o ocorre é que a forma de enganar se sofisticou, está mais sutil. Vemos anúncios que sugerem determinadas propriedades que o produto não tem. Ou quando omitem informações, como juros e outros tipos de prestação.

O consumidor consegue discernir uma propaganda enganosa ou não?
Existem aspectos que podem ser observados na propaganda, que o consumidor pode se defender. Por exemplo, quando a propaganda omite que determinado produto tem ingredientes transgênicos, o consumidor não tem meios para testar, se defender dessa informação.

Se você pega um contingente mais popular da população com menor instrução, o nível de observação é ainda menor. O mesmo pode-se falar em relação às crianças.
Há consumidores com universos cognitivos diferentes, portanto, dizer que todo o consumidor é consciente em relação à propaganda não é algo razoável. Por isso, é importante avaliar o impacto de anúncios não apenas com o público-alvo, mas com outros que possam ser atingidos pela peça também.

O modelo de branded content pode enganar o consumidor?
Esse modelo surgiu em parte pelo fracasso da propaganda tradicional em atrair atenção ou gerar audiência. O que temos visto é uma padronização negativa, onde tudo está tendo uma qualidade insatisfatória, gerando depreciação na audiência dos comerciais.

Então a publicidade precisou encontrar outros espaços, o que inclui o merchandising, os infomerciais e esses programas de branded content. Mas isso às vezes acontece de forma enganosa, com informações que não são relevantes para o consumidor ou se perde no consumismo. Ela só pensa em vender, sem prestar serviço ao consumidor. Isso faz com que o consumidor rejeite também esses novos formatos de publicidade.

Tirando a propaganda, você vê outras formas de Marketing abusivas?
Uma delas é o telemarketing, que muitas vezes desconsidera o estilo de vida do consumidor ou mesmo o momento pelo qual ele está passando. O mesmo acontece em relação aos e-mails. A própria mídia, como as telenovelas, também, com uma programação que tenta vender, persuadir as pessoas. Quando o próprio setor de jornalismo tenta persuadir o leitor é preocupante, gerando uma perda de credibilidade como veículo de comunicação.

O que pode acontecer nos próximos anos em relação a esse cenário?
Há dois direcionamentos. É preciso questionar por que a publicidade é vista como invasão em diversos meios. A propaganda só vai ser aceita totalmente se ela prestar serviços éticos a sociedade. Quando a sociedade perceber isso, ela aceitará a propaganda. Ao contrário, será vista como invasora e será expulsa como aconteceu com o Cidade Limpa. O que aconteceu em São Paulo é uma sinalização do que pode acontecer em outras regiões e com outros formatos de publicidade.

O outro lado dessa questão é o negócio publicitário. Quando escrevi esse livro, em sua primeira edição, lá no final dos anos 80, a propaganda tinha uma participação de 65% dos investimentos promocionais. Hoje, está próximo de 40%. O que levanto nessa edição atualizada do livro é que um dos responsáveis por esse decréscimo é o concorrente ético. Na primeira edição, eu já dizia que a propaganda abusiva ou antiética criará resistências adicionais no consumidor, eliminando sua eficácia. As agências focam muito no lado do cliente e dão as costas ao consumidor.

O investimento em outros canais, como o varejo, e surgimento de novas formas de comunicação, como o Marketing Digital, também é um fator a se considerar, não?
Sem dúvida. A fragmentação da mídia e da audiência é outra razão. Não sabemos o peso do fator ético na descrença da propaganda, mas é sem dúvida um dos ingredientes que leva a isso.

No último Congresso de Publicidade houve uma postura muito defensiva por parte da propaganda, dizendo-se censurada. Algumas acusações são levianas ou aumentadas, mas o setor precisa sim se empenhar na questão ética por uma questão de competitividade.

Como as agências podem trabalhar para o cliente, sem trair o consumidor?
A propaganda deve ser análoga ao Marketing, tendo foco no cliente. No trabalho com o anunciante, isso pode funcionar de uma forma limitada, mas todos os agentes publicitários, principalmente o cliente, devem ter essa consciência. Se não, corre-se o risco de comprometer as vendas e, conseqüentemente, o negócio do cliente. O que se vê na publicidade, por exemplo, é o uso de humor sem aderência com a eficácia da propaganda ou com o uso de conteúdo que valoriza o anunciante, mas não prestam serviço ao consumidor, que acaba filtrando essas informações até um ponto em que fica insensível à persuasão publicitária.

A propaganda precisa ser encarada como prestadora de serviço, tendo foco no consumidor, que é justamente atendê-lo bem. A publicidade será melhor aceita se ela mostrar ao consumidor que agregou algo ao seu estilo de vida.

* Com reportagem de Bruno Mello.

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Postado por Laíza Bulhões, estudante da Unifacs do curso de Comunicação e Marketing - 4º semestre

Programas de relacionamento com base em relevância e perenidade

Por Thiago Terra
thiago@mundodomarketing.com.br

Os programas de relacionamento com o consumidor são desenvolvidos por diversas empresas no Brasil e no mundo. De olho no aumento da carteira de clientes, e no aumento do ticket médio deles, é comum as empresas enviarem informativos sobre estes programas a fim de atrair consumidores que buscam vantagens ao comprar bens e serviços.

O engano que algumas companhias cometem, com freqüência, é desenvolver estes projetos somente durante períodos onde não há grande volume de demanda. Com o poder de compra cada vez mais nas mãos do consumidor, diversas empresas estão acordando para a realidade de que os programas de relacionamento devem ser perenes.

Reconhecendo os consumidores como indivíduos diferentes uns dos outros em aspectos que vão desde necessidades, preferências, até desejos supérfluos, as marcas já começam a ganhar destaque para o consumidor. De acordo com especialistas ouvidos pelo Mundo do Marketing, a palavra que hoje guia não só as estratégias de Marketing como também os programas de fidelidade e relacionamento é Relevância.

Mudanças no conceito garantem longa vida
O Wal-Mart realiza um planejamento anual de Marketing durante três meses onde são definidas as bases e parceiros em datas interessantes para o público e para a empresa. “Atualmente o nosso programa dobra os pontos de fidelidade do consumidor e aplicamos uma estratégia de clusters de relacionamento com nossos clientes com o que mais importa para eles”, diz Marcos Carvalho, Diretor de Experiência de Compra do Wal-Mart Brasil em entrevista ao Mundo do Marketing.

De acordo com Carvalho, os programas de relacionamento são perenes e o que pode mudar são os temas, que devem variar. Na rede de varejo americana o programa de relacionamento já é anunciado de dois a três meses antes do lançamento para que o cliente possa se preparar e entender toda a mecânica do processo.

A rede Bom Preço - que pertence ao Wal-Mart - oferece o programa Bomclub nas regiões do Nordeste e Sul do Brasil. A ação possibilita acumular pontos que podem ser trocados por itens que sejam do interesse dos associados. “Gerenciar um programa de fidelidade é muito complexo. As pessoas têm que ter interesse natural e não pode ser uma coisa qualquer para o cliente”, conta Carvalho.

Fidelidade X oportunidade
Diferente do que o Bom Preço faz, algumas empresas lançam programas de fidelidade que não dão certo e, consequentemente, precisam sair de cena e voltar com modificações. “Programas de relacionamento são como uma filosofia e não uma campanha apenas”, salienta o Diretor de Experiência de Compra do Wal-Mart Brasil.

De acordo com o posicionamento da MarketData, o planejamento dos programas de relacionamento deveria acontecer continuamente para que, ao longo dos anos, a empresa entenda as reais necessidades e interesses dos seus clientes. “Queremos aproximar os interesses convergentes através do planejamento de ações que se baseiem em como fazer todos ganharem”, aponta Christiano Ranoya, Diretor de Novos Negócios da MarketData.

Assim como Marcos Carvalho, Ranoya entende que os programas de relacionamento devem ser diferentes de campanhas promocionais, que tem começo, meio e fim. “Quando falamos em relacionamento temos que entender que ele é eterno e o que muda são as formas como se faz”, opina o executivo da MarketData em entrevista ao site.

Integração com estratégias de Marketing
Uma das principais razões para o fim de um relacionamento é quando não há mais o interesse de uma das partes. E não estamos falando da relação entre as pessoas, apesar das empresas quererem ser cada vez mais amadas pelo consumidor. “Existem os programas que acabam assim como o casamento. Alguns terminam porque foram mal feitos”, compara Ranoya.

Quando chegou ao Brasil, o Wal-Mart não tinha os programas de relacionamento atuais. A empresa começou com esta ação depois da aquisição da rede Bom Preço e após análises de mercado. Antes de lançar Bomclub, a rede varejista buscou integrar o programa às estratégias de Marketing. “É necessário caminhar de forma integrada e não como um corpo estranho. Quanto mais penetração tivermos, mais informações teremos para fazer a comunicação certa para eles”, acredita Carvalho.

Atuando como um intermediário entre empresas e clientes nestes programas de fidelidade, a MarketData desenvolve projetos a partir do que a empresa quer e como ela poderá saber se atingiu o seu objetivo inicial. Estas informações são levantadas pela empresa através de métricas de desempenho, que aborda quantidade e o consumo médio dos clientes.

Canais e características diferentes
“Na média, o cliente é fiel por seis meses. Nosso objetivo é fazer com que ele fique seis anos. Para isso, traçamos objetivos quantitativos e métricas mensuráveis para que a empresa atinja um grande resultado”, avalia Ranoya.

Como base para os programas de relacionamento de sucesso, a MarketData aposta no entendimento das características do público para atingi-los através de canais relevantes para eles. “Tem gente que gosta de ir ao banco porque lá ele conversa ou bebe um café e têm outros que preferem usar a internet ou o telefone. A melhor maneira de entender isso é perguntar para o consumidor, mas depois disso eu preciso respeitar a decisão dele”, diz Ranoya.

Para tornar um programa de fidelidade relevante não há uma receita pronta, assim como todas as ferramentas que pertencem ao Marketing. Mas, para desenvolver estes projetos, entender e respeitar as preferências do consumidor é o primeiro e principal passo que deve ser dado. “As pessoas não gostam de receber comunicação que não as interessam. Quanto mais um programa de fidelidade estiver integrado com as necessidades do consumidor todos ganham”, completa Marcos Carvalho.

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Postado por Laíza Bulhões, estudante da Unifacs do curso de Comunicação e Marketing - 4º semestre

terça-feira, 28 de outubro de 2008

ABERJE lança núcleo audiovisual

A ABERJE - que atualmente reúne as Associações Brasileiras de Comunicação Empresarial, Branding e Comunicação Organizacional - está dando início a um novo núcleo de trabalho: de linguagem audiovisual. O lançamento oficial do primeiro projeto - um DVD com depoimentos variados sobre Comunicação Organizacional e sua transversalidade - acontece na 4ª Conferência Internacional de Comunicação Empresarial, marcada a partir das 8h30min do dia 30 de outubro de 2008 no Novotel Jaraguá (Rua Martins Fontes, 71) em São Paulo/SP.

De acordo com o Dow Jones Venture Source, investidores estão injetando mais de US$ 8 bilhões em empresas de vídeo on-line nos próximos anos. Do lado da plataforma de distribuição de conteúdo, é evidente que a posse de mais de 120 milhões de celulares no Brasil reforça uma nova tela para relacionamentos, além da forte presença da televisão aberta no país, tudo baseado em vídeo. Estas são algumas das constatações que levaram a ABERJE a pensar estratégias e produtos na área, conforme manifesta o diretor-geral da entidade, Paulo Nassar. Com populações cada vez mais inseridas na internet, e portanto explorando a potencialidade multimídia, ele acredita que um panorama se abre para a articulação do maior número possível de sentidos, seja on ou offline, para melhor fixar a comunicação. Este é um dos motivos de o portal de troca de vídeos YouTube estar entre os primeiros lugares de acesso mundial, inspirando uma série de outros canais semelhantes.

Os depoimentos foram captados durante o II Congresso da Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e de Relações Públicas/Abrapcorp realizado na PUC Minas em Belo Horizonte/MG no mês de abril de 2008. Na ocasião, cursos pré-evento, painéis, mesas-redondas e grupos temáticos apresentaram comunicações resultantes de pesquisas em nível de pós-graduação e de trabalhos de iniciação científica na área, além de oficinas voltadas para alunos de graduação. As 30 personalidades convidadas para o vídeo da ABERJE são basicamente pesquisadores das Ciências da Comunicação de todo o Brasil, mas também representantes do mercado. Há pontos-de-vista de educadores da ECA/USP, PUC/MG, Metodista de São Bernardo do Campo, FAAP, UFMG, UFRGS, UEL, Cásper Líbero, UFPR, UFBA, PUC/RS, UFRPE, UNB (ver listagem completa abaixo) e ainda a visão internacional de um professor espanhol da Universidade de Málaga e de profissionais da Basf e Petrobras. A abordagem de Nassar aconteceu sem maiores formalismos, com a idéia de que as falas fossem prestadas em terminologia acessível e até descontraída, procurando despertar maior interesse e adesão de diferentes públicos.

João Curvello, da Universidade de Brasília, comenta que é a Comunicação Organizacional trata de um contexto complexo em que diálogos, conflitos e divergências acontecem. Daí que a pesquisadora Esmeralda Araújo, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, acrescenta que se busca a consonância de interesses via comunicação para a sustentabilidade dos negócios. O professor Marcio Simeone, da Universidade Federal de Minas Gerais, diz que o foco são práticas comunicativas que ocorrem no âmbito das organizações e definem seus relacionamentos internos e externos. A professora da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, Margarida Kunsch, esclarece que a visão integrada abrange comunicação interna, institucional, administrativa e mercadológica, e justamente por se revestir de uma complexidade e abrangência acaba sendo muito interdisciplinar. Uma Comunicação Organizacional como um complexo de processos e atividades que tem como objetivo principal fortalecer a reputação e desenvolver uma cultura que favoreça o diálogo e o relacionamento com os públicos, é a aposta de Eraldo Carneiro, gerente de Planejamento e Gestão de Comunicação da Petrobras e vice-presidente do Conselho Deliberativo da ABERJE.

A Comunicação Organizacional como um campo de estudo de interfaces de várias áreas de conhecimento é a perspectiva de Ivone Oliveira, da Pontificia Universidade Católica de Minas Gerais. A idéia é corroborada por Adriana Machado, da Universidade Federal do Paraná, que destaca: "o modo de comunicação diz como vai ser o modo de ação. E as características culturais e estruturais determinam a comunicação. Estudamos esta interface". Marlene Marchiori, da Universidade Estadual de Londrina, completa: "é olhar além da organização, pensando na criação de ambientes onde todos se sintam como pessoas, possam estabelecer emoções. Comunicação Organizacional está caminhando para a noção de discursos que não se localizam, mas que estabelecem a auto-organização". Paulo Nassar, que além de diretor-geral da entidade é professor da ECA/USP, acredita que é um campo que ultrapassa a comunicação e tem interfaces com a Administração, Filosofia, Ciências Sociais, Antropologia, Psicologia, Ciências Exatas e Biológicas. "Tem que ser levado em conta todos estes conhecimentos para melhorar os relacionamentos", finaliza.

Outras gravações estão sendo planejadas para dar continuidade à proposta, com a montagem de uma equipe própria. O material está sendo distribuído para formadores de opinião, empresas associadas, imprensa e para instituições universitárias. Este primeiro trabalho teve edição de Emiliana Ribeiro, Diego Fávero e Carolina Soares, com câmera de Nelson Lacerda. Gravações em áudio de uma série de iniciativas já vinham sendo realizadas, com disponibilização no estilo podcast pelo portal www.aberje.com.br. Dados sobre a 4. Conferência Internacional estão disponíveis através do hotsite www.aberje.com.br/novo/eventos/4conferencia. Mais informações sobre o projeto podem ser obtidas com o gerente de Relações Públicas, Mateus Furlanetto, pelo mateus@aberje.com.br ou no 11-3662-3990.

LISTA COMPLETA DE DEPOIMENTOS - ordem alfabética

1. Adriana Machado Casali, UFPR
2. Aislan Greca, Petrobras
3. Andréia Athaydes, Ulbra/RS
4. Antonio Castillo Sparcia, Universidade de Málaga
5. Cecília Peruzzo, Metodista/SP
6. Claudia Peixoto de Moura, PUC/RS
7. Claudio Cardoso, UFBA
8. Cleusa Scroferneker, PUC/RS
9. Elizabeth Saad, ECA/USP
10. Eraldo Carneiro, Petrobras
11. Esmeralda Araújo, UFRPE/PE
12. Fábio França, Metodista/SP
13. Gislaine Rossetti, Basf
14. Ivone Oliveira, PUC/UCB
15. João Curvello, UCB/DF
16. Lorena Viegas, PUC/MG
17. Luiz Alberto de Farias, ECA/USP e Cásper Líbero
18. Marcio Simeone, UFMG/MG
19. Margarida Kunsch, ECA/USP
20. Maria Aparecida de Paula, PUC/MG
21. Maria Aparecida Ferrari, Metodista/SP e ECA/USP
22. Maria do Carmo Reis, UFMG/MG
23. Marlene Marchiori, UEL/PR
24. Marta Martins, UEL/PR
25. Paulo Nassar, ECA/USP e ABERJE
26. Roberto Porto Simões, PUC/RS
27. Rudimar Baldissera, UFRGS/RS
28. Sidinéia Gomes Freitas, ECA/USP
29. Suzel Figueiredo, FAAP/SP
30. Valéria Castro, Cásper Líbero/SP e ECA/USP

divulgacao@aberje.com.br

Postado por Laíza Bulhões, estudante da Unifacs do curso de Comunicação e Marketing - 4º semestre

Promover experiência. Este é o recado

Por Bruno Mello
bruno@mundodomarketing.com.br

Parafraseando Vinicius de Moraes, desculpe-me todas as outras ações de Marketing, mas promover Experiência é fundamental. Nenhum dos 14 palestrantes que passaram pelo IV Seminário Marketing 360º deixou de falar sobre como as marcas devem conquistar seus clientes através de momentos únicos.

A crise financeira mundial também foi bem citada por todos. Ninguém, porém, está com medo dela. Nenhuma empresa fará menos investimento para 2009. Somente alguns setores serão mais afetados e, na média, manteremos o mercado aquecido. Em alguns segmentos, menos, mas em geral, a hora é de continuar trabalhando.

As novas fronteiras do Marketing, apontadas por Paulo Giovanni, da Mix Brand Experience e Pop Trade, situou a todos que a comunicação tradicional está perdendo espaço para novas formas e meios de se comunicar a cada dia. Fenômenos na internet podem ajudar ou atrapalhar as marcas. Ganhar espaço no ponto-de-venda nunca foi tão importante.

Inovação e relacionamento
No campo das ações de comunicação, Peter Krieg (foto), CEO Mundial e um dos fundadores da Copernicus Marketing Consulting, deixou claro que temos que experimentar novas formas de conquistar o consumidor. O destaque são as ações de branded content e que usam o próprio consumidor como mídia. Investir pelo menos 15% em novas ações deveria fazer parte do orçamento de toda companhia.

Quando o assunto é relacionamento com cliente - outro tema que gerou grande interesse - a palavra de ordem entre os tradicionais programas de fidelidade é relevância. Somente consegue aumentar o valor do cliente as empresas que dão algo de relevante em troca.

E somente as empresas que conhecem bem os seus consumidores conseguem oferecer boas experiências a eles. Daí a importância do banco de dados, que se enriquece com as possibilidades da internet participativa e interativa. Hoje é possível captar diversos hábitos e desejos do consumidor com um clique, mostrou Danilo Vasconcellos (foto), Head de Planejamento Estratégico da Accentiv’ Brasil.

Consumidores são pessoas
Tão importante quanto tudo isso só mesmo a tal da experiência. Desde um bom atendimento numa loja tradicional, conforme salientou Marcelo Cherto, Presidente do Grupo Cherto, até um jantar nas alturas, conforme mostrou Beth Furtado (foto), Diretora de Planejamento da QG Propaganda e autora do livro “Desejos Contemporâneos”.

Beth deixou claro algo que esquecemos constantemente: Marketing é uma disciplina voltada para as pessoas. E, sem medo de ser piegas, pessoas vivem de experiência. E o que estamos proporcionando aos nossos clientes? Filas, falta de atendimento, produtos padronizados, pós-venda deficiente.

Muitas empresas estão se inspirando na gestão dos produtos e serviços do luxo para promover experiências únicas. Antes, porém, deveriam fazer o dever de casa muito bem feito. No luxo, apresentado no primeiro evento do Mundo do Marketing em São Paulo por Luiz Tambor (foto), Diretor de Marketing da Land Rover no Brasil, a qualidade e o serviço devem ser impecáveis.

Este assunto, aliás, não deveria estar em pauta, mas quando se fala em experiências, temos que destacar as memoráveis porque o que não falta são más experiências que as empresas promovem aos seus clientes todos os dias. É a internet que fica lenta. O celular que não funciona. Isso também é experiência.

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Postado por Laíza Bulhões, estudante da Unifacs do curso de Comunicação e Marketing - 4º semestre

Marcas de luxo precisam se reinventar

Por Bruno Mello

bruno@mundodomarketing.com.br

Até as marcas de luxo sofrem com uma estratégia mal definida. Quem poderia imaginar que uma grife do porte de Stella McCartney estivesse perdida em seu posicionamento até três anos atrás? Ou que o próprio segmento tivesse que se reinventar para continuar conquistando os consumidores mais exigentes, donos de contas bancárias sedutoras? Estas e outras questões foram tema de discussão do Atualuxo 2008, Conferência Internacional do Negócio do Luxo, realizada no início deste mês pela primeira vez em São Paulo, mas que já ficou na história do segmento.

As possibilidades deste mercado são ilimitadas, salienta Carlos Ferreirinha (foto), sócio-diretor da MCF Consultoria, organizadora do evento. Sendo assim, os questionamentos continuam. Se a atividade do Luxo pode permear todos os segmentos, como as empresas podem promover uma real diferenciação para um cliente que busca exclusividade?

O mundo do consumo tem cada vez menos fronteiras, ressalta Solange Ricoy, sócia da consultoria Alexandria. “O Luxo e o massivo estão um olhando para o outro para se apropriarem de seus atributos”, aponta. “Se a massa está se apropriando do luxo, como vai ser o luxo daqui para frente?”, pergunta Solange ao falar sobre a democratização das marcas de luxo e de produtos como as sandálias Havaianas, que são vendidas ao preço de R$ 7 a 2 mil euros e grafadas com marcas como Channel.

Está tudo igual
Na busca por despertar o desejo dos consumidores endinheirados, tem crescido o número de edições limitadas de produtos. “É a ilusão do efêmero”, sentencia Solange Ricoy. Para a consultora que sempre trabalhou com marcas de consumo de massa como Lux e Omo, na Unilever, o grande desafio do segmento premium é encontrar um novo caminho de diferenciação.

A pasteurização do segmento pode ser facilmente percebida pelas estratégias de comunicação das marcas de luxo. Se a publicidade das marcas está igual, Will Colin, sócio fundador da Naked Communications, questiona qual seria a percepção dos consumidores sobre estas marcas. “No Luxo tudo deve ser comunicado. Deve-se envolver as pessoas com a essência e com a história do produto”, afirma. “Promover a experiência da marca é a palavra-chave”, comenta.

É nesta direção que caminhou a marca Stella McCartney. Dentro de um grupo de marcas de luxo como Gucci, a grife passou por um período de falta de identidade. Há três anos, a empresa passou a olhar com mais atenção para a questão da sustentabilidade e começou a traçar a sua transformação. Até então, a marca não tinha um posicionamento muito claro. Definido o foco, a missão foi “energizar” as pessoas para que elas pudessem se envolver com a marca.

Caso de sucesso
Não foi fácil. Marco Bizzarri, CEO da empresa e um dos principais arquitetos da reestruturação da grife, detectou que o consumidor queria experimentar um produto diferente assinado por Stella McCartney. A empresa ouviu seus consumidores. “Eles têm uma visão clara de como percebem a marca”, afirma Bizzarri. “Não adianta fazer as mesmas ações de Marketing e esperar que o consumidor mude de percepção”, ressalta.

Com o cliente dentro da empresa, a marca criou produtos voltados para um estilo de vida único. Neste ponto, o design e a distribuição dos produtos foram fundamentais para colocar holofotes novamente sobre a grife. “O design tem impacto direto no desempenho da marca e para nós isso é prioridade”, argumenta o CEO da Stella McCartney. “Primeiro se torne lindo e depois orgânico, tendo a distribuição como ponto chave. Mas não adianta inventar uma marca verde. Isso tem que fazer parte da essência da marca”, destaca Marco Bizzarri.


Mundo do Marketing

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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Guia das Profissões da Folha de S. Paulo classifica a carreira de Relações Públicas como uma das 10 mais promissoras

Copyright Folha de S.Paulo - São Paulo, domingo, 21 de setembro de 2008

RELAÇÕES PÚBLICAS

Profissional cuida da reputação das empresas

Função tornou-se mais estratégica e valorizada nos últimos anos

CRISTINA MORENO DE CASTRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

As relações públicas são como uma cesta básica, tão importante quanto feijão e arroz, para o país, as empresas e as pessoas. Quem "vende essa idéia" - no jargão da área - é Paulo Nassar, diretor-geral da Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial).

O profissional que coordena essa área responde pela comunicação interna com os funcionários da empresa, assessoria à imprensa e busca de políticas de integração com todos os outros públicos que se relacionam com a instituição.

As maiores empresas instaladas no Brasil incorporaram essa "cesta básica" em seu quadro estratégico de uns anos para cá, aumentando as contratações e os salários do setor.

Segundo pesquisa inédita feita pela Aberje com essas empresas, analistas de comunicação ganham em média por mês R$ 2.800 -enquanto o salário de diretores da área costuma superar os R$ 30 mil mensais.

"Quem cuida da comunicação organizacional é responsável pela gestão da imagem e da reputação da empresa. E isso hoje é irreversível. Esse boom não é só uma tendência de moda", diz a professora de comunicação empresarial da ESPM, Isolda Cremonine.

Graduado em jornalismo, mestre e doutor em relações públicas pela USP, Nassar quer deixar claro que o que está em alta é todo o campo em que vários profissionais -inclusive os relações-públicas- atuam: o da comunicação de organizações.

Mas, para quem quiser pegar o bonde na frente, o curso de relações públicas facilita o ingresso no setor. "Quem faz o curso em nível de graduação já começa com uma vantagem competitiva, com sua formação no campo da atividade relacional. Quem não teve essa formação está procurando ter já num nível de pós-graduação", diz.

Formado em 2006, o paulistano Bruno Carramenha, 23, é exemplo dessa vantagem. Ele faz estágios desde o primeiro ano de faculdade e nunca esteve desempregado. Hoje trabalha na agência de relações públicas LVBA, que atende a empresas do porte de Nokia, Warner e Bayer. Ele afirma que a situação dos colegas também é boa. "Do meu grupo da faculdade, todos estão empregados."

Os estudantes costumam aprender noções de administração, psicologia social, marketing, opinião pública e recursos humanos -currículo que atraiu Milena Cândido, 18. Ela trocou artes cênicas por relações públicas. "Acho que terei mais oportunidades."

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quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Rede Bahia apresenta seu novo Correio*

Com investimentos de cerca de R$ 15 milhões e de olho em novos leitores, o Correio da Bahia passa a se chamar Correio*, com novo formato e projeto gráfico
Renato Pezzotti, de Salvador
22/08/2008 - 12:06
A Rede Bahia realizou na noite desta quinta-feira, 21, o lançamento de seu novo Correio da Bahia: o jornal passa a se chamar simplesmente Correio*. Com novo formato, nova diagramação e novo projeto gráfico, o maior grupo de mídia do Nordeste anuncia um investimento de R$ 15 milhões para rejuvenescer seu jornal e olhar para um novo mercado. "Nossa estratégia é aproveitar os novos leitores", conta Luis Alberto Albuquerque, diretor executivo do periódico. As mudanças levam a assinatura da Inovationn, consultoria espanhola que tem entre seus clientes os jornais La Nación, Liberatión e O Globo.Os primeiros passos foram dados em janeiro, e, depois de sete meses de pesquisas e testes, o jornal passa a ter formato berliner com quatro seções fixas - 24h, Mais, Vida e Esporte - e o caderno Bazar&Cia, que circulará aos domingos, além dos cadernos especiais e de classificados, todos coloridos. "O caderno de abertura, 24h, será um resumo completo das notícias do dia, com textos curtos e leitura rápida. E as notícias mais importantes serão aprofundadas nas outras seções", explica Albuquerque. O Correio*, a partir de seu lançamento oficial, que acontece nesta quarta-feira, 27, passa a contar com circulação aferida pelo IVC.O objetivo principal é facilitar a leitura do consumidor. "O formato possibilita uma percepção mais fácil, leitura mais ágil e mais prazerosa", explica Albuquerque. "As mudanças acontecem com base na certeza que os produtos atuais não são adequados à demanda", justifica o diretor executivo. O preço também mudou: o jornal passa a ser vendido por R$ 1,00 de segunda a sábado e ao preço de R$ 1,50 aos domingos."O foco passa do editor para o leitor", diz João Gomes, diretor de marketing da Rede Bahia. Segundo Gomes, todos os espaços do jornal poderão ser comercializados, com opções de mídia bem variados.Na mídiaA campanha de lançamento do Correio*, assinada pela Propeg, contou com um teaser bastante explorado na versão antiga do jornal e em outdoors espalhados por Salvador. A ação enfoca a mudança, com frases como "O poder mudou" ao lado da imagem de Barack Obama e "A economia mudou" ao lado da bandeira da China, sempre levando a assinatura "O mundo mudou. Seu jeito de ver o mundo também mudou". Após o lançamento do jornal, a assinatura das peças passa a ser "O mundo mudou. O jornal que traz o mundo até você também".*O repórter viajou a convite da Rede Bahia

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Ministro culpa redes pela lentidão da TV digital

Hélio Costa afirmou em evento da indústria de televisão em São Paulo que o setor não promove o novo sistema e por isso o público não adere
Edianez Parente
27/08/2008 - 18:58
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, foi enfático em discurso na manhã desta quarta, 27, em São Paulo: "Não estou vendo a TV aberta brasileira vender TV digital. Há seis meses não vejo um anúncio sequer da TV digital. Esta responsabilidade as redes têm de assumir", disse o ministro a uma platéia formada por autoridades governamentais e executivos da indústria brasileira de televisão. A bronca aos radiodifusores aconteceu na abertura do Congresso da SET (Soc. De Engenharia de Televisão), que ocorre paralelamente à feira de equipamentos da indústria, a Broadcasting & Cable 2008, que acontece no Centro de Exposições Imigrantes e que vai até sexta-feira, 29. Na exposição, a TV digital é predominante: os demonstrativos do software Ginga e seus aplicativos já desenvolvidos, equipamentos de captação, transmissão e exibição de TV digital aberta são as vedetes.Hélio Costa chamou a atenção de que a indústria já tem set-top boxes a preços acessíveis, mas que ele não viu as filas se formarem nas lojas. "Vocês têm de estar preocupados com isto: no ano passado, já foram vendidos mais computadores do que televisores. Na TV por assinatura, o número de assinantes cresce, mas não ganha audiência, porque aumenta o número de pessoas que assinam para acessar a Internet", continuou o ministro. As associações de radiodifusores Abert e Abra estavam presentes, além do presidente da SET, Roberto Franco (SBT), e da vice-presidente, Liliana Nakonechnyj (Globo).Completaram a mesa representante da Anatel, o presidente da Ancine, Manoel Rangel, o secretário André Barbosa (Casa Civil), um representante dos radiodifusores do Japão (país proprietário do sistema ISDB, adotado pelo Brasil na TV digital aberta terrestre) e o secretário de comunicações da Argentina - país que o governo brasileiro espera adotar o mesmo padrão que o nosso.AbertApós o evento, ouvido por Meio &Mensagem Online, Daniel Slaviero, presidente da Abert, concordou com a colocação de Hélio Costa: "Nosso entendimento é que a ponderação do ministro é pertinente. Num primeiro momento, as redes estiveram muito ocupadas com a implantação do sistema, o que ainda está em andamento, e será necessário o Fórum Brasileiro da TV Digital (entidade criada para a implantação do sistema no Brasil envolvendo toda a indústria e redes) também trabalhar junto nessa nova etapa da divulgação".

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Fiesp discute papel da comunicação nos processos de desburocratização e desenvolvimento

Paulo Nassar, diretor-geral da ABERJE e Prof. Dr. da Escola de Comunicação e Artes (ECA) da USP, fala da necessidade de se buscar novas abordagens diante de questões complexas

A sociedade vive um novo momento, caracterizado pela velocidade na troca de informações e por uma postura mais exigente em relação a temas como meio ambiente, responsabilidade social e ética. A análise é de Paulo Nassar, da ECA-USP, que participou nesta segunda-feira (18) de uma reunião do Conselho Superior de Estudos Avançados (Consea), da Fiesp.
Nassar, que integra o Consea e preside a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), avalia que no atual contexto muitas palavras passam a ser usadas de maneira quase aleatória.
Em sua palestra citou como exemplo o termo "sustentabilidade", cuja expressão se transformou em ferramenta de marketing, sem que as pessoas atentem muito bem para o seu significado real.
Em sua argumentação, defende que o emprego consciente e responsável das ferramentas de comunicação é essencial. Segundo ele, uma informação errada pode se propagar com extrema rapidez e provocar danos irreparáveis.
Área estratégica
O especialista citou o jornalista e antropólogo Rodolfo Witzig Guttilla, que define a comunicação como uma "atividade mestiça", resultado da somatória de muitas influências e conhecimentos. Assim, o comunicador organizacional extrapola aquelas que seriam as funções isoladas do jornalista, do relações-públicas e do publicitário, por exemplo."Sabemos que a empresa não é mais produtora exclusiva de suas narrativas, geradora de seus conteúdos pré-fabricados. Há outros e novos protagonistas na história", disse Nassar, acrescentando que hoje há uma rede de relacionamentos estabelecida entre a empresa e quem se relaciona direta ou indiretamente com ela.
Papel-chave
"O comunicador é o mantenedor desta rede, por ele gerenciada a partir de um ponto de vista estratégico, político e econômico baseado no diálogo, que é o ritual de legitimação da construção de valor que a empresa, cada vez mais, necessita para sobreviver à agressividade do mercado", teorizou Nassar.
Ruy Altenfelder, presidente do Consea/Fiesp, ressaltou que "a comunicação é área estratégica nas empresas, nos governos, nas instituições e nas vidas de todos nós".

Sílvia Lakatos, Agência Indusnet Fiesp

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quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Wal-Mart anuncia novos investimentos no Brasil

Rede injetará cerca de R$ 1,8 bilhões no País, para abertura de mais de 80 lojas em 17 Estados, além do DF
14/08/2008 - 10:52
O Wal-Mart novamente aposta no Brasil. A rede anunciou que injetará entre R$ 1,6 bilhões e R$ 1,8 bilhões no País em 2009 para abertura de mais de 80 lojas em 17 Estados, além do Distrito Federal. Este será o maior aporte de capital nas operações nacionais desde que a companhia iniciou suas atividades no País, há 14 anos, com a abertura do Sam'S Club em São Caetano do Sul, região metropolitana de São Paulo. Todos os detalhes foram anunciados em audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aconteceu em Brasília.Com isso, a companhia acredita que cerca de nove mil empregos serão gerados pela empresa no próximo ano. Atualmente, o Wal-Mart atua com as bandeiras Big, Wal-Mart e Hiper Bompreço, além de Nacional, Mercadorama, Bompreço e Todo Dia, no formato supermercado. Como atacado, possui as bandeiras Maxxi e o clube de compras Sam's."Estamos investindo não só na abertura de novas lojas, mas aumentando o programa de apoio aos fornecedores regionais, a exportação de produtos brasileiros, a geração de empregos e projetos de preservação à Natureza", disse Hector Nuñez, presidente do Wal-Mart Brasil, na nota.

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Anatel homologa iPhone 3G no Brasil

Certificado emitido pela Agência autoriza versão brasileira do aparelho 3G no País; Claro, Vivo e TIM devem lançar produto no mercado nacional
13/08/2008 - 11:31
A Apple já pode lançar o iPhone 3G no Brasil. A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) homologou nesta terça-feira, 12, a versão brasileira do aparelho. Assim a agência autoriza a utilização do modelo no País segundo os termos do Regulamento para Certificação e Homologação de Produtos para Telecomunicações - veja o certificado clicando neste link. Com isto, as operadoras não têm mais nenhum impedimento jurídico ou tecnológico para comercializar o aparelho no mercado. Claro, Vivo e TIM devem lançar produto no País.

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Unifacs oferece serviço gratuito de criação de websites

O Sistemas para Internet (Criação e Desenvolvimento de Websites) da Unifacs já iniciou seu serviço gratuito de criação de websites para empresas e pessoas físicas. O atendimento será realizado por professores e alunos do curso, sempre às segundas-feiras das 18h às 20h, no Prédio de Aulas 5 da Unifacs, localizado na Avenida Jorge Amado, no Imbuí. O coordenador do curso, Alex Coelho, o serviço, oferece a empresas e demais interessados a oportunidade de criar seu website e divulgar sua marca e produtos. “O serviço também será importante para os alunos porque permitirá que eles coloquem em prática o que aprendem nas aulas”, diz o coordenador. Além da criação de Websites, os professores e alunos do curso vão prestar os seguintes serviços: registros de marca, site e domínio; pesquisa e dicas de registro; otimização de indexação nos sites de busca (Google, Yahoo!, etc.); consultoria em segurança de dados na Web e manutenção e contratação de provedores (dicas, informações do serviço e custos do mercado). Os interessados devem entrar contato com a coordenação do curso através do telefone 3231-3368.

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segunda-feira, 11 de agosto de 2008

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Despesas comerciais no mundo atingem US$ 77,3 trilhões

Segundo índice global que estima gastos de empresas e governos, a América Latina representa apenas 5,8% das despesas no mundo, mas foi uma das regiões que mais cresceu

05/08/2008 - 11:56

As despesas no comércio mundial em 2007 cresceram 12,2% em relação ao ano anterior, chegando a US$ 77,3 trilhões, de acordo com o índice Commercial Consumption Expenditure (CCE), lançado pela Visa.

A América Latina e o Caribe juntos são responsáveis por apenas US$ 4,5 trilhões do montante, ou cerca de 5,8% do total, mas representam a segunda área com maior taxa de crescimento no período, chegando a 19,8%, atrás apenas da macro-região que envolve o leste europeu, oriente médio e África, que tiveram 20,5%.

Dentre as outras regiões, a Ásia cresceu 13% e já representa 24,5% do comércio mundial, praticamente empatando com os Estados Unidos, que tem 25,5%. A maior movimentação comercial do mundo ocorre na Europa, com despesas de US$ 26,8 trilhões (e 34,6% de share).

O CCE da Visa é um índice financeiro que faz um mapeamento dos gastos de empresas e governos em todo o mundo, considerando qualquer forma de pagamento. Ele registra as compras para aquisição de bens e serviços utilizados na produção, além de compras de produtos finais e gastos de capital das empresas, além das despesas governamentais com bens e serviços. É reconhecido como uma referência no setor para medir os gastos comerciais.

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Caco de Telha apresenta 'Enchanté 2009'

Com expansão do projeto, festa de réveillon passa a ser realizada em duas capitais: Salvador e Recife

Renato Pezzotti

05/08/2008 - 12:17

A Caco de Telha Entretenimento reuniu imprensa e vips na noite desta segunda-feira, 04, em São Paulo, para anunciar o lançamento de seu "Enchanté 2009" - evento que comemora o réveillon e que, em sua primeira edição, reuniu mais de 15 mil pessoas no Clube Espanhol, em Salvador.

Para este ano, a maior novidade é que a festa também será realizada em Recife, no Cabanga Iate Clube, em parceria com a BG Promoções. Em Salvador, que receberá novamente o evento no Clube Espanhol, os shows serão de Ivete Sangalo e Eva. Na capital pernambucana, a festa será comandada pelo cantor Jorge Ben Jor e pelo grupo Timbalada.

Patrocínio
A Nova Schin e o Shopping Iguatemi Salvador já renovaram seus contratos de patrocínio para este ano. As cifras não foram relevadas. A Tam Viagens já preparou pacotes ? que incluem passagem, hospedagem e ingressos para a festa - para quem mora em outros estados. Para Jesus Sangalo, presidente do grupo Caco de Telha, "o projeto foi cuidadosamente preparado para aliar entretenimento, shows grandiosos, comida, bebida, vista privilegiada e conforto de alta qualidade. Ficou clara a necessidade de ampliar as possibilidades de festas deste porte no País e isso nos inspirou a levar o projeto para outras capitais que tenham interesse". O site do evento já está no ar e os ingressos já estão à disposição do público.

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Mudanças no alto escalão da Editora Globo

Paulo Nogueira deixa o cargo de diretor editorial, que será extinto. Ele passa a ser consultor e, em 2009, assume como correspondente de Época em Londres

Andréa Ciaffone

04/08/2008 - 19:14

Por meio de um comunicado interno, os funcionários da Editora Globo foram informados na tarde desta segunda-feira, 4, sobre mudanças na estrutura de comando. O cargo de diretor editorial, até agora ocupado por Paulo Nogueira, deixará de existir. A editora editorial adjunta Cynthia de Almeida (femininas) e os diretores de redação Hélio Gurovitz (Época) e Nelson Blecher (Época Negócios), Alexandre Maron (Época São Paulo) e ainda Saulo Ribas (Direção de Criação) e Ricardo Cianciaruzo (Gerente de Online) que respondiam a Nogueira, passam a responder diretamente ao diretor geral Frederic Zoghaib Kachar.

Nogueira não se desliga completamente da editora. Até dezembro, ele atuará como consultor e trabalhará diretamente com Kachar. A partir de fevereiro de 2009, Nogueira assume o posto de correspondente de Época em Londres.

Considerado o motor de uma sensível evolução qualitativa na Editora Globo, Paulo Nogueira esteve diretamente envolvido no processo de lançamento de novos títulos da editora como Época Negócios e Época São Paulo. Além disso, promoveu um processo de valorização visual dos produtos, que batizou de "vanitização" numa referência à revista norte-americana Vanity Fair.


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segunda-feira, 4 de agosto de 2008

CultCom Senac Rio
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quinta-feira, 31 de julho de 2008

Presidente Lula assina decreto regulamentando os SACs

Regras entram em vigor em 120 dias; portarias com tempo de espera deverão sair até o fim deste ano

Alexandra Bicca

31/07/2008 - 14:18

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou no início da tarde desta quinta-feira, 31, o decreto que regulamenta o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC). As regras entram em vigor em 120 dias, período para que as empresas adeqüem às novas normas. A partir deste decreto, os chamados call centers deverão funcionar sete dias por semana, 24 horas por dia, para os serviços ininterruptos e o atendimento deverá ser gratuito. O tempo de espera nos atendimentos ficou fora deste texto, pois o governo deve até o fim deste ano editar portarias específicas para cada serviço de acordo com o perfil de cada um deles.

As normas que, no primeiro momento, atenderiam apenas os serviços de TV por Assinatura, telecomunicações, aviação civil e serviços financeiros serão estendidas para planos de saúde, serviços de água e energia e também para os transportes terrestres.

O ministro da Justiça, Tarso Genro, ressaltou a importância destas medidas destacando que a relação entre fornecedores e consumidores agora seguirá parâmetros claros. Para o ministro, a evolução está na alteração do modo de tratamento dos clientes que de agora em diante passam a ser sujeito. O ministro lembrou ainda que a necessidade de qualificar o serviço para melhor atender o consumidor levará as empresas a ampliarem seus quadros de funcionários na área de call centers, o que na avaliação dele deverá resultar na geração de novos postos de trabalho.

"Essa nova forma de atender ao cliente vai fazer com as empresas se preparem, o que resultará na geração de mais empregos", disse o ministro da Justiça.

Já a secretária de Direito Econômico do Ministério da Justiça, Mariana Tavares, explicou que a idéia é mudar a lógica da relação entre consumidores e fornecedores. De acordo com ela, a garantir de maior rapidez na solução das reclamações e também a alteração no menu garantindo o cancelamento imediato representam um avanço. Para Mariana, essas mudanças colocam o consumidor como "senhor" dessa relação.

Ela ainda destaca o fim do interminável tempo de espera nos atendimentos. De acordo com ela, mesmo sem a especificação do tempo de espera neste primeiro momento, é fato que o bom senso irá prevalecer e os consumidores não deverão ficar mais 15 ou 20 minutos esperando. "O decreto visa acabar com esse jogo de esconde-esconde e de empurra-empurra", afirmou Mariana.

Segundo a secretária, as portarias específicas serão editadas determinando o tempo máximo de espera serão de acordo com as especificidades dos setores. No entanto, ela destacou que essa espera deverá ficar em um minuto para 70% das ligações e até dois minutos para demais. As portarias serão publicadas até o fim deste ano. Sobre a publicidade das empresas nos atendimentos, a secretária esclareceu que ela será permitida dentro do prazo contado para atendimento, porém as empresas não poderão deixar seus clientes na linha ouvindo essas mensagens por um tempo interminável, como acontece atualmente.

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Interpublic cresce 22% na América Latina

Terceiro maior grupo de publicidade do mundo, o Interpublic apontou 10,3% de alta global nas receitas no primeiro semestre, sendo apenas 4,3% nos Estados Unidos e 18% no resto do mundo, com destaque para Reino Unido e Ásia.

30/07/2008 - 12:48

O grupo Interpublic divulgou seus resultados financeiros do primeiro semestre de 2008, apontando um crescimento global de 10,3% nas receitas, chegando a US$ 3,32 bilhões. As operações nos Estados Unidos subiram apenas 4,3%, contra os mais de 18% no resto do mundo. O ponto negativo foi a queda de 28% nos lucros em relação ao mesmo período em 2007.

A América Latina teve alta de 22%, contra 31% da Ásia e 7,7% do Reino Unido. No entanto, deve ser considerado o fator cambial. Sem ele e sem contar as aquisições, a alta na nossa região teria sido bem menor, de 12%, contra 13% da Ásia.

O crescimento das receitas foi conquistado, segundo comunicado do grupo, graças à chegada de novos clientes e o aumento de investimento em todas as regiões de atuação, principalmente Ásia e Reino Unido. 'Estamos satisfeitos por ter obtido um crescimento de receita sólido em todas as regiões em que atuamos, tanto em negócios com clientes atuais quanto em novas conquistas. Nossas maiores operações estão ampliando seus resultados financeiros', diz o CEO da Interpublic Michael I. Roth.

O grupo é um dos líderes mundiais do mercado de comunicação, envolvendo grandes redes como DraftFCB, Lowe Worldwide e McCann Worldgroup. No Brasil, o grupo se faz presente em agências como Giovanni+DraftFCB, BorghiErh/Lowe, FutureBrand, McCann Erickson, Momentum e Sun MRM.

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Planejamento (diferente) ganha espaço e importância nas estratégias de Marketing

Por Thiago Terra
thiago@mundodomarketing.com.br

É cada vez mais comum ver o Marketing unindo o departamento de comunicação em prol de um melhor atendimento ao consumidor. Atualmente o profissional de planejamento está mais próximo das estratégias de Marketing e é comum vê-los no campo procurando soluções para um bom planejamento.

A integração do planejamento com o departamento de Marketing foi tema principal do evento dedicado ao setor que acontece todo ano nos Estados Unidos. Em 2008 a conferência de Planejamento da American Association of Advertising Agencies (AAAA) teve foco nas mudanças da comunicação e na integração do Planejamento com a criatividade.

Presente no evento “Four A”, Fernando Diniz, diretor de Planejamento da agência Y&R, do grupo WPP, conta ao Mundo do Marketing a importância do Planejamento no processo complexo de entender e satisfazer as necessidades do cliente. De acordo com ele, o evento internacional serviu para mostrar que o Brasil está alinhado ao mercado mundial e não deixa a desejar no quesito criatividade.

O que mais se discutiu no “Four A” deste ano?
O que mais me chamou a atenção foi o consenso entre as idéias e tudo o que foi falado tinha uma pincelada em comum. Nada que nós no Brasil não tenhamos pensado. Um dos pontos mais citados foi a visão de como se comunicar com o consumidor e a necessidade de olhar para ele menos como consumidor e mais como pessoa. Conexões artificiais e a venda agressiva dos atributos dos produtos são características do mercado de hoje.

A discussão também abordou a falta da troca de idéias com consumidores, um importante fator para aumentar o desejo de se relacionar com uma marca. Um bom exemplo é o case OMO, que passou anos falando que resolvia o problema da roupa suja e hoje elevou o nível da conversa e adotou o discurso de que se sujar faz parte da infância. Esse é um bom exemplo do que foi discutido.

É preciso propor uma troca com o consumidor. Vimos muitos cases de Internet, que é um meio que desponta como fundamental para fazer a troca estimulando o usuário a assistir e recriar em cima do que ela oferece. Temos que compartilhar em vez de apenas entregar um serviço.

Qual a melhor maneira de se planejar uma estratégia?
Hoje o principal é ter uma equipe eclética porque o papel do profissional de Planejamento é muito multidisciplinar e ele também tem que ter conhecimento sobre o mercado. Muitos profissionais trabalham integrados com a indústria, a fábrica e até com o setor responsável pelo desenvolvimento da embalagem do produto.

Somos uma espécie de ONU da comunicação, porque temos profissionais ecléticos para falar em linguagens diferentes. Na Y&R, a nossa área de projetos digitais está ao lado do setor de Planejamento. A verdade está lá fora e por isso temos que ir para a rua, entrar no ônibus, suar a camisa e conversar com as pessoas. Estamos num país onde a maioria da população está na classe C e D. Se você não se misturar estará fazendo comunicação para inglês ver. Precisamos ser socialmente orgânicos.

Quais as principais diferenças entre o planejamento brasileiro e o que é feito nos países desenvolvidos?
A criatividade ainda é o forte do profissional brasileiro. Sempre disputamos prêmios internacionais de criatividade e fazemos isso há muitos anos de forma concreta. No Brasil, a cultura é diferente e temos um jeito característico de conversar com o consumidor. Somos criativos e isso influencia no nosso jeito de trabalhar.

O Brasil é maduro no segmento de Planejamento, que é novo no mercado se comparado com a Europa. Temos um bom nível de planejadores, apesar de o mercado estar precisando de gente preparada. Esta é uma área que cresce no país e está em busca de profissionais.

O Planejamento às vezes é muito baseado somente em resultados de pesquisa?
Não. A pesquisa é fundamental, mas às vezes uma prosa com a dona-de-casa, com o motoboy pode fazer a diferença em um planejamento estratégico de comunicação. Pesquisa é e sempre será importante, mas temos que ter cuidado porque as decisões não vêm do resultado da pesquisa e sim da interpretação do resultado através do profissional de Marketing.

A pesquisa é uma lanterna, mas sozinha não mostra o caminho da saída. É a base do trabalho de planejamento, mas o mercado às vezes fica preso nas pesquisas e esquece as idéias. O problema é o que as pessoas fazem com as pesquisas. Fala-se muito em inovação, mas o mercado está sempre fazendo mais do mesmo. "Insanidade é fazer as mesmas coisas e esperar resultados diferentes" (citando Albert Einstein).

Quais as características de um planejamento de sucesso nos dias de hoje?
Um bom planejamento começa com o entendimento do problema (do cliente). O primeiro passo é saber qual o problema para depois entender o cliente e saber como ele está lidando com o problema.

O jeito de interagir com o consumidor hoje é fundamental para definir a idéia e ter inspiração. Desta forma o Planejamento serve como uma catapulta para a criação. Trocar idéias durante o processo de desenvolvimento de planejamento é fundamental.

Nossos melhores projetos foram feitos com a ajuda e o envolvimento com a criação. Planejar é um trabalho que está nos bastidores da estratégia de Marketing, trabalhando na concepção do negócio, preparando todo o terreno para o desenvolvimento da comunicação correta.

Quais as tendências em planejamento no Brasil e onde estão as principais oportunidades?
A interatividade não tem volta. É da natureza humana falar de troca e os consumidores hoje fazem campanhas para empresas. O poder está cada vez mais com o consumidor e isso só tende a crescer. No planejamento a demanda vai aumentar cada vez mais porque teremos mais gente trabalhando de forma integrada com outros departamentos.

Hoje estes profissionais estão sendo mais aceitos por colegas de outros setores e isso ajuda no processo criativo. Em pouco tempo será comum ter esses profissionais dentro do departamento de Marketing e em algumas empresas isso já acontece.

A Internet facilitou o trabalho do Planejamento, já que hoje a interatividade é uma ferramenta usada na maioria das estratégias de Marketing?
Talvez a interatividade dificulte o trabalho de planejamento porque é cada vez mais desafiadora. Ela obriga o profissional a abrir novas formas de conversar com as pessoas e ainda tem que ser interessante. A estratégia digital desafia a forma de pensar e faz o profissional achar ângulos diferentes para ações interessantes. Sem dúvida esta característica torna o nosso trabalho muito mais excitante.

Mundo do Marketing: Publicado em 28/7/2008

Postado por Laíza Bulhões, estudante da Unifacs do curso de Comunicação e Marketing - 4º semestre

Saiba por que Xerox e Band-Aid são sinônimos de categoria

Por Thiago Terra
thiago@mundodomarketing.com.br

Comprar uma gilete, tirar uma xerox, comer um biscoito maisena ou um miojo. É comum ouvir isso no dia-a-dia, mas nem sempre os consumidores compram os produtos que pensam. Sinônimos de categoria, algumas marcas se destacam por serem pioneiras no mercado e se tornam referência para as pessoas em diversos segmentos, emprestando seu nome a uma categoria de produtos.

Na maioria dos casos, as empresas se beneficiam desta associação para ganhar mercado e aumentar o market share. Porém, uma marca que se torna sinônimo de categoria pode levar o consumidor a vincular a empresa à apenas um produto, como é o caso da Xerox, que hoje é sinônimo de cópia de documentos ou como o Band-Aid, nome que está na ponta da língua da maioria das pessoas que querem comprar curativos.

Outras marcas como a Água Sanitária, Leite Moça, Maizena e Lycra, por exemplo, são itens presentes nas listas de compras dos consumidores, mas nem sempre são levadas para a casa deles. Seja pelo preço ou pela preferência, estas marcas são vistas como uma referência. Quem conhece a marca Super Candida e Q’’Boa sabe que elas são reconhecidas pelos consumidores como água sanitária.

Estar sempre em primeiro lugar na mente do consumidor faz parte das estratégias de Marketing destas marcas desde seu lançamento. Hoje, porém, é cada vez mais difícil ver o surgimento delas no mercado mundial devido à grande variedade de produtos e opções nas prateleiras. Com exceção do Google, recentemente não temos muitos exemplos de marcas lançadas que viraram sinônimos de categoria.

Marcas X Categorias
Lâminas de barbear, hastes flexíveis com pontas de algodão, não fazem parte do vocabulário dos consumidores de Gillette e Cotonetes, por exemplo. O que pode ter ajudado estas marcas a se tornarem dominantes – como alguns especialistas gostam de nomear – é o fato de elas terem sido as primeiras a entrar no mercado e, consequentemente, tornaram a categoria conhecida no mercado.

De acordo com o professor de comunicação com o mercado da ESPM, Ivan Pinto (foto), existe duas condições que tornam uma marca sinônimo de categoria. “A categoria de produtos tem que se tornar aceita pelo consumidor e a marca precisa fazer um bom trabalho de comunicação com o público”, diz o professor em entrevista ao Mundo do Marketing.

Percebida como necessidade e despertando o desejo nos consumidores, uma categoria de produtos passa a ter grande importância. O Sucrílhos, cereal desenvolvido pela Kellog’’s, se tornou uma categoria conhecida no país com o passar dos anos. “Foi o primeiro cereal de milho que agradou as crianças e assim se popularizou. Hoje Sucrílhos é um sinônimo de categoria”, aponta Ivan Pinto.

Assim como as marcas mais conhecidas do público tendem a ser sinônimo de categoria, outras que são campeãs em vendas não tiveram a mesma sorte. “Ninguém diz que vai comprar um OMO no mercado. Foi o primeiro detergente sintético vendido no Brasil, é líder absoluto na categoria, mas não se tornou uma marca dominante”, salienta o professor.

Evolução à base de cópias
Há 43 anos no Brasil, a Xerox chegou ao país em um momento de ebulição de desenvolvimento apresentando um equipamento de cópia de documentos revolucionário para a época. Não demorou muito para que o equipamento se tornasse sinônimo de cópia e de tecnologia. Para se ter idéia da evolução da marca, hoje o portfólio da empresa não contém mais a máquina copiadora exclusiva.

O que antes era expertise em tecnologia de cópia principalmente para documentos, hoje é muito diferente. “A empresa não possui mais copiadoras no portfólio, mas sim tecnologia para escritórios e impressão de grande porte para a indústria gráfica”, conta Rafael Veras (foto), Gerente de Comunicação da Xerox.

Ser uma marca sinônimo de categoria tem diversas vantagens. Abre portas no mercado, aumenta a presença da empresa em todo o território nacional, entre outras. Na Xerox, a reputação construída ao longo dos anos ainda existe e é importante. Porém, segundo Veras, há uma grande dificuldade em transmitir a mensagem do que a empresa faz atualmente. “Ao mesmo tempo em que ser sinônimo de categoria é bom, é preciso perceber que se a empresa estiver presa a isso na economia moderna, corre um grande risco de estar ligada a apenas um serviço ou produto”, diz.

Por outro lado, ser uma marca dominante pode representar maior poder em estratégias de Marketing por abranger diversos mercados diferentes. “Hoje entendemos que ser sinônimos de categoria e referência no mercado tem um grande valor. O ponto principal é que isso nos dá força maior para lançar produtos novos no mercado, como o Band-Aid do Batman, por exemplo”, explica Pauline Dapelo, Gerente de Marketing de Band-Aid. Prova disso é que a marca já tem lançamentos previstos até 2012.

Sempre na mente do consumidor
Quase que uma obrigação para as marcas que querem ser lembradas como categoria é estar em primeiro lugar na mente do consumidor. Para fazer isto acontecer é importante que o produto seja encontrado com facilidade no ponto-de-venda. “Pulverizar o produto é um dos pilares para o sucesso. Além disso, a qualidade e a forma de entrega do produto para o consumidor têm grande importância também”, conta Pauline ao site.

Chegar primeiro na mente do cliente na hora da compra é característica destas marcas e, por isso, a Xerox está no dicionário, assim como outras. Tanta divulgação fez com que os idealizadores da empresa entrassem em uma discussão sobre o que a empresa sabia fazer além da cópia. “O nosso desafio agora é aproveitar e pular para o patamar seguinte, oferecendo outros produtos, sem perder o encanto com o cliente”, afirma Rafael Veras.

Para que a Xerox continue no topo da lembrança dos consumidores brasileiros, mesmo com a mudança de foco da companhia, o gerente de comunicação da empresa continua investindo na marca. “Fazemos ações contínuas de Marketing. Construímos uma teia de parceiros que facilitam a disseminação da marca”, aponta Veras.

Quanto mais conhecida uma marca, maiores são as possibilidades dos consumidores acrescentarem valores e características positivas. Para isso, é preciso manter a comunicação com os consumidores para que eles valorizem a marca. “Hoje os canais de comunicação e os pontos de contato com os consumidores são muitos. As empresas têm que integrar e comunicar com continuidade para que a marca não seja apenas um nome genérico”, opina o professor de comunicação com o mercado da ESPM, Ivan Pinto.

Ponto-de-venda é fundamental para as categorias

Está no Dicionário

:: Bandaid - Curativo anti-séptico auto-adesivo.
:: Maisena - Produto industrial constituído por amido de milho, e com que se fazem mingaus, pudins, cremes etc.
:: Lycra - Tecido sintético, dotado de elasticidade, empregado na confecção de maiôs, biquínis, calças, roupas íntimas etc.
:: Gilete - Pequena lâmina retangular de aço, com gumes nos lados mais compridos, para o aparelho de barbear inventado por King Camp Gillete
:: Xerox - Aparelho para tirar xerocópias.
:: Cotonete - Palito com duas pequenos porções de algodão nas extremidades, usado para higiene, principalmente dos ouvidos.

Fonte: Dicionário Michaelis

A forma como a Band-Aid se relaciona com os seus consumidores depende muito do ponto-de-venda em que o produto está. Foco principal das estratégias de Marketing da marca, o PDV oferece uma comunicação direta e eficiente. “Nos preocupamos com a disponibilidade do Band-Aid no maior número de PDVs no Brasil. O nosso site oferece relacionamento com o cliente porque na web é ele quem busca a informação”, afirma a executiva da Band-Aid.

A Xerox também investe na comunicação através do ponto-de-venda. “Revendas com ações diretas e pontuais no PDV e programas de treinamento são pilares importantes para a empresa”, conta Veras. A Xerox possui hoje uma escola de formação de mão-de-obra através de uma parceria. Além disso, a companhia desenvolve ainda eventos e feiras para manter a marca viva no mercado e na mente do consumidor.

Um dos fatores que ajudam estas marcas a se tornarem sinônimo de categoria é a espontânea comunicação através do boca-a-boca. “Quando alguém pede para tirar uma xerox, a cópia será feita em uma máquina Canon ou em uma HP. E no dia em que essas pessoas decidirem comprar uma copiadora, o primeiro nome que virá na cabeça deles é Xerox”, completa o professor da ESPM Ivan Pinto.


Mundo do Marketing: Publicado em 31/7/2008

Postado por Laíza Bulhões, estudante da Unifacs do curso de Comunicação e Marketing - 4º semestre