quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Inovação = Wii

Por Francisco Alberto Madia de Souza



“Inovar não é reformar”
Edmund Burke

Embora não seja do conhecimento de todos, a japonesa Nintendo é uma empresa centenária. Era uma espécie de Copag do Japão, fabricando durante décadas jogos tradicionais, muito especialmente os de cartas. Até que um dia decidiu conferir porque Atari, Mattel e Philips haviam abandonado o território dos videogames com seus Atari, Intelevision e Odissey, assim que os microcomputadores começaram a invadir empresas e casas. Perplexa, concluiu que as três empresas tinham se precipitado e abandonado uma mina de ouro com muito a produzir. As três empresas acreditavam que ninguém mais jogaria em consoles específicos de videogames, já que os micros ofereciam esses mesmos jogos e muito mais, ou seja, decidiram apostar na convergência num mundo onde as pessoas são cada vez mais divergentes e valorizam e buscam os especialistas em todos os campos de atuação.
Mergulhou de cabeça na mina de ouro abandonada e voltou a produzir ouro em larga escala, assumindo a liderança do território, seguida, tempos depois, pela Sony e pela Microsoft.
Nas rodadas seguintes foi perdendo terreno e sendo superada pelos concorrentes, até chegarmos à nova geração de videogames, composta pelo Microsoft Xbox 360, Sony Playstation 3 e pelo Wii da própria Nintendo.
Enquanto seus dois principais concorrentes apostaram e investiram num hardware capaz de garantir gráficos e visual sofisticado na rodagem dos jogos, a Nintendo decidiu mudar o território do jogo, inovar e apostar que as pessoas, os videogamers, queriam mais interação, maior participação física, mesmo. Então, dotou o até então estranho Wii com controles sensíveis e que permitem que em suas casas as pessoas joguem tênis, golfe, boliche e lutem como se estivessem no mundo real: movimentando-se.
Ainda é muito cedo para se dizer se a Nintendo mudou, novamente, a história dos videogames, mas, seguramente, garantiu o direito de ser mais respeitada e considerada por seus concorrentes, que já a diziam “fora do páreo”. Mais que isso, está obrigando todos eles e os fabricantes de softwares a reconsiderarem suas estratégias. Desde a chegada do Wii os números brilham mais na direção da inovação da Nintendo. Nos EUA, segundo o NPD Group, que metrifica esse mercado, no último mês de fevereiro foram vendidos 335 mil Wiis contra 228 mil Xbox, e 127 mil Playstation 3.

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Postado por Laíza Bulhões, estudante da Unifacs do curso de Comunicação e Marketing - 2º semestre.

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